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Corrupção na Daimler

24 de março de 2010

Autoridades americanas acusam a empresa alemã de pagar suborno a autoridades de 22 países. Daimler não comenta acusações, mas fontes internas confirmam pagamento de 185 milhões de dólares para encerrar o processo.

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Sede da Daimler em StuttgartFoto: AP

Após vários anos de investigações, os Estados Unidos acusam a fabricante alemã de automóveis Daimler de corrupção, segundo documento judicial divulgado nesta terça-feira (23/03).

Entre 1998 e 2008, a montadora de automóveis teria ferido a legislação norte-americana em pelo menos 22 países com o objetivo de assegurar contratos para si, afirma a acusação entregue a uma corte federal de Washington pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

As autoridades norte-americanas afirmam que o suborno de funcionários públicos estrangeiros era prática corriqueira nos negócios da Daimler em países como a Rússia, a Turquia, a Grécia, o Egito e a China. A empresa daria dinheiro, presentes e carros. A direção da montadora não quis comentar as acusações.

Fontes anônimas internas disseram que a Daimler concordaria em pagar uma multa de 185 milhões de dólares para encerrar o caso. Além disso, as unidades da montadora na Alemanha e na Rússia estariam dispostas a se declarar culpadas.

Denúncia veio de ex-funcionário

A Security and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais norte-americano, e o Departamento de Justiça dos EUA investigam desde 2004 denúncias de pagamento de propina pela Daimler, então ainda aliada à Chrysler.

As investigações começaram após um ex-funcionário da DaimlerChrysler ter denunciado a existência de contas secretas usadas para corromper autoridades e funcionários públicos em países onde a montadora tem negócios.

A Daimler está sujeita à legislação anticorrupção dos Estados Unidos por ter ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York. O caso é semelhante ao da Siemens, que recentemente pagou 800 milhões de dólares em multas às autoridades norte-americanas devido a um processo bilionário por corrupção.

AS/dpa/rtr/afp/ap/dw

Revisão: Roselaine Wandscheer