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CRISE FINANCEIRA (3)

18 de outubro de 2008

Os temas comentados pelos usuários esta semana foram a crise financeira, a relação entre União Européia e Rússia, o Brasil na Feira do Livro, ciência e fé, Olga Benário e Amazônia. Vale a pena ler!

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Foto: AP

Parece que nas reuniões do G-8 e do G-20 não houve a necessária preocupação em buscar um pacto que limite a ação dos verdadeiros cartéis especuladores mundiais. Parece que a impunidade vai continuar para aqueles executivos que ganharam recursos desonestamente, em bonificações, em dinheiro, ações bonificadas e dividendos fraudulentos. Se o mundo rico realmente quiser ajudar os países pobres e em desenvolvimento, basta que limite o teto de juros reais em até 3% ao ano para financiamentos novos e rolagens de dívidas. Como os principais bancos mundiais estão estatizados, a tendência é de que o capital volátil busque as nações mais frágeis para a cobrança de ágios elevados e que desorganizam totalmente a economia. E o primeiro mundo, pagando juros quase negativos para rolar e assumir novas dívidas, não pode deixar que o terceiro mundo e os países em desenvolvimento paguem juros e encargos financeiros tão elevados. A partir de agora, para sobreviver, o capitalismo não pode continuar tão perverso e concentrador de riquezas, mas deve se voltar à geração e à distribuição de riquezas. E os países prejudicados com a irracionalidade do capital devem penalizar – e com o máximo de transparência para a sociedade – todos aqueles que usufruíram e continuam usufruindo da incompetência dos bancos centrais, que faziam o jogo dos especuladores que se auto-regulamentam. Um esboço de um novo modelo capitalista tem que surgir e ser aprovado rapidamente. Os péssimos exemplos do passado de nada adiantaram para evitar as crises do presente, porque o crime financeiro ainda compensa. Mas até quando ?
João da Rocha

Não acredito nesses institutos econômicos que vêem a Alemanha à beira da recessão. São todos Cassandras tentando deixar os povos aturdidos com suas apologia ao medo!
Adir Tavares

Quem financiará a dívida-déficit norte americana? Se não começarem a cortar esta dívida, nada vai parar a crise. É a minha opinião. Não vi nada sobre isto no artigo sobre a crise.
Siegfried Fuchs

UE E AS NEGOCIAÇÕES COM A RÚSSIA

Ilustres, a União Européia deveria condicionar sua política em relação a Moscou às atitudes construtivas da Rússia nestas negociações. Uma atitude particularmente construtiva da Rússia, a ser alcançada com o tempo, é parar de estimular brigas territoriais e étnicas no Cáucaso e fora dele. Como eu disse, é preciso que os grandes impérios parem de fazer gente humilde de saco-de-pancada para fortalecer suas ambições de hegemonia global.
Lyndon C. Storch Jr.

A União Européia deve sempre manter um bom diálogo com a Rússia. Essa parceria é de vital importância para ambas as partes, fundamental para os interesses da União Européia e da Rússia. Se os EUA pensam que não precisam da Rússia, a União Européia precisa e muito. Penso até que os EUA querem que a União Européia se desentenda mesmo com a Rússia para semear a discórdia e assim obter alguma vantagem política. Os problemas europeus têm que ser resolvidos pelos próprios europeus, sem ingerência nos assuntos internos da comunidade por parte de potências de fora. Não podem jogar a UE contra a Rússia. A União Européia deve sim manter bom entendimento com a Rússia, porque ambas precisam uma da outra para alcançar o crescimento e o desenvolvimento econômico de que precisam.
Clovis Rossi

BRASIL NA FEIRA DO LIVRO DE FRANKFURT

E o ministro? Se o ministro ainda fosse o Gilberto Gil, o fato de ele não comparecer à festa teria deixado todos indignados. Tanto que até hoje, apenas como cantor, ainda cabe uma pequena nota de desagrado. Mas o fato de o atual ministro não comparecer à festa cultural não causa qualquer estranheza. Errado é o Paulo Coelho ficar reclamando de ter levado um tremendo bolo. Coronelismo... Quando iremos estirpar este mal das entranhas deste país?!
Sofia


CIÊNCIA E FÉ

Realmente, a discussão sobre a presença de um sentimento religioso e a necessidade de uma prática religiosa situa-se num nível muito baixo. E eu não vim aqui para me eximir de culpa. Decididamente, a força das religiões toca as pessoas tão fundo, que jamais pode ser apenas positiva. Recentemente, Bento 16 afirmou que aqueles que constróem suas vidas com fundamento exclusivo nos bens materiais, as constróem sobre areia. Concordo com essa afirmativa quanto à finalidade, embora discorde dos princípios. Afinal, se construir sobre areia fosse assim tão ruim, Copacabana quase toda ( juntamente com suas igrejas ) já estaria em ruínas, junto com o resto das construções litorâneas no Brasil e no mundo. O Santo Padre deveria ter se aconselhado com o setor de geotecnia do departamento de engenharia civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e abrir mão de uma exegese tão literal.
Lyndon C. Storch Jr.

OLGA BENÁRIO

Eu a tenho como uma heroína. O tempo pode a tudo modificar, mas o passado tem sua dimensão irredutível. Querer reduzir a figura de Olga ou de Prestes é covardia intelectual. Os torturadores do Brasil os têm como traídores, mas a liberdade tem neles ícones indeléveis.
Honorato Arzamendia Filho