1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Crise argentina não preocupa governo nem empresários alemães

Paulo Chagas7 de janeiro de 2002

União Européia reitera interesse em prosseguir as negociações com o Mercosul.

https://p.dw.com/p/1gAk
A BASF (foto da matriz em Ludwigshafen) é uma das maiores empresas alemãs na ArgentinaFoto: AP

A Alemanha observa atentamente a situação na Argentina, mas de forma normal, comentou um porta-voz do Ministério das Finanças. O titular da pasta, Hans Eichel, afirmou que esperará as novas medidas a serem tomadas por Buenos Aires para avaliar as conseqüências econômicas e políticas.

Segundo uma pesquisa divulgada pelo jornal alemão Die Welt, as empresas alemães prepararam-se para a crise desde o final da década de 90, tomando medidas preventivas

Enquanto que os empresários espanhóis investiram cerca de 45 bilhões de euros na Argentina, durante a década de 90, as firmas alemãs trataram se diminuir sua atividade e o volume de investimentos, que não chegou a 14 bilhões de euros.

Empresas químicas e farmacêuticas

O grupo químico e farmacêutico Bayer, que fabrica na Argentina a famosa aspirina e produtos químicos para a curtição de couros, havia tomado medidas para prevenir a desvalorização do peso e reduziu drasticamente seus estoques.

A empresa farmacêutica Boehinger Ingelheim, que emprega na Argentina apenas 450 dos seus 27.400 funcionários no mundo inteiro, também não se considera afetada pela crise.

O consórcio químico BASF, que com 780 empregados é uma das maiores firmas alemãs presentes na Argentina, saiu-se até agora bem com a crise, mas não exclui conseqüências negativas decorrentes da desvalorização do peso.

Reinhold Meyer, gerente da Câmara Alemã de Comércio Exterior (DAHK) em Buenos Aires, salientou entretanto que a desvalorização afeta sobretudo as empresas com alta cota de importação.

União Européia reitera interesse no Mercosul

A crise da Argentina prejudicará algumas empresas isoladas na Europa, mas não terá conseqüências maiores para a economia européia, afirmou na segunda-feira (07) em Bruxelas, o porta-voz da Comissão da União Européia, Gerassimos Thomas.

A UE ressaltou ao mesmo tempo seu interesse em prosseguir as negociações com o Mercosul, visando a criação de uma acordo de livre comércio entre os dois blocos.