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Crianças: há muito o que fazer por elas

(lk)8 de maio de 2002

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, abriu nesta quarta-feira (08), em Nova York, a conferência de cúpula sobre a infância.

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O trabalho infantil é um dos temas da conferênciaFoto: AP

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, abriu nesta quarta-feira (08), em Nova York, a conferência de cúpula sobre a infância com um reconhecimento: "Falhamos vergonhosamente. Não deixemos que as crianças continuem a pagar pelas nossas faltas".

Durante três dias, 70 chefes de Estado e de governo e 6000 delegados de todas os países que constituem a ONU estarão reunidos para deliberar sobre um plano de ação visando proteger os menores da exploração, da violência e da miséria. Trata-se da segunda conferência de cúpula desta espécie; a primeira foi realizada em 1990.

Conquistas –

A situação das crianças e adolescentes melhorou, desde a aprovação da Convenção dos Direitos Infantis em 1989, admite a diretora do Unicef, Carol Bellamy. Aumentou o número de crianças em escolas; a paralisia infantil foi combatida com sucesso; hoje morrem 3 milhões de menores a menos por ano do que em 1990.

Lacunas –

No entanto, as estatísticas fornecem ainda um quadro alarmante da situação da infância e da juventude. Dos dois bilhões de crianças que vivem no mundo, mais de 150 milhões são subnutridas; 120 milhões nunca foram à escola; 11 milhões morrem antes de completar cinco anos; 300 mil são obrigadas a participar de guerras como soldados. O combate ao trabalho infantil, a exploração sexual dos menores, a situação das crianças-soldados e dos órfãos deixados pela Aids são, conseqüentemente, os temas principais da conferência em Nova York.

Reivindicações dos menores –

Pela primeira vez na história da ONU, menores participam oficialmente de uma conferência na condição de delegados. Nos três dias precedentes ao encontro de cúpula, 375 crianças e adolescentes de todo o mundo estiveram reunidos, trocando informações sobre a situação dos menores em seus países e formulando suas reivindicações aos políticos. A Alemanha esteve representada por duas garotas e dois garotos, com idades entre 10 e 17 anos.

A Convenção dos Direitos da Criança de 1989 foi ratificada por quase todos os países da ONU, com exceção dos Estados Unidos e da Somália.