Cozinheiros por um mundo melhor
Alguns mestres-cucas não se contentam em cozinhar. Nomes como Jamie Oliver e Julia Child contribuíram para quebrar preconceitos, lançar tendências e influenciar comportamentos.
Nova cozinha britânica
No fim da década de 90, o inglês Jamie Oliver provou, com seu programa na BBC "The Naked Chef", que um homem comum também pode se divertir na cozinha e ter boa aparência. Ele conquistou rapidamente a simpatia do público e ganhou enorme influência sobre os hábitos dos britânicos. Em 2005, iniciou uma campanha contra a "fast food" nas escolas, revolucionando a política alimentar do Reino Unido.
Pioneira à francesa
A americana Julia Child (1912-2004) descobriu a culinária relativamente tarde. Nos anos 50, seu marido foi trabalhar para o Departamento de Estado dos EUA na França. Ela aprendeu a amar a comida do país. Depois de frequentar a famosa escola Cordon Bleu em Paris, passou a apresentar a cozinha francesa aos americanos em seu programa de TV "The French Chef".
Primeiro chef da TV alemã
Clemens Wilmenrod (1906-1967) é outro pioneiro. O ator formado foi o primeiro a apresentar suas excêntricas receitas na TV da Alemanha, a partir de 1953. Em sua cozinha não havia regulamentos: "Isso é coisa para a caserna", dizia. Ele é tido como o inventor da "torrada Havaí": pão de forma, queijo, presunto e uma fatia de abacaxi – gratinado no forno e decorado com uma cereja ao marasquino.
Cozinheira nº 1 do mundo
No clube masculino que é o mundo das artes culinárias, Hélène Darroze se destaca duplamente. Com um restaurante em Paris e outro em Londres, ela ostenta estrelas do Guia Michelin. Em 2015, a "Restaurant Magazine" a elegeu como melhor cozinheira do mundo. A francesa leva adiante uma tradição familiar, pois seus bisavós já atuavam na gastronomia.
Delícias no Polo Norte
Em vez de competir nos redutos metropolitanos da alta culinária, o sueco Magnus Nilsson atrai os gourmets a um dos locais mais isolados do mundo. Num velho celeiro reformado, nas proximidades do Círculo Polar Ártico, ele oferece iguarias da "new nordic cuisine". Seu lema: quem se limita é mais criativo. Com 31 anos, é um dos mais jovens gastrônomos na lista "The World's 50 Best Restaurants".
Artista do fogo
O mestre-cuca argentino Francis Mallmann se destaca como autodidata intuitivo, com um gosto por jogar para o alto todo tipo de convenção. Em vez de uma cozinha, seu local de trabalho preferido é uma fogueira ao ar livre. Há décadas ele viaja pelo mundo criando delícias – de preferência ligeiramente carbonizadas, para acentuar o aroma. Sua filosofia: onde se pode fazer fogo, pode-se cozinhar.
Magia da fermentação
Mais de dez anos atrás, o americano de origem coreana David Chang abriu o Momofuku Noodle Bar, no bairro de East Village, proporcionando a moradores de Nova York a descoberta do kimchi e outras variantes de legumes fermentados. Em seu Momofuku Culinary Lab, cientistas alimentares experimentam com os novos sabores obtidos através da fermentação.
Salvador do queijo parmesão
A Osteria Francescana, do italiano Massimo Bottura, ocupa o segundo lugar entre os "World's 50 Best Restaurants". Em maio de 2012, mais de 300 mil peças de parmesão se partiram quando um terremoto abalou sua região natal, a Emilia-Romagna. Bottura foi a público cozinhar receitas utilizando o famoso queijo. Milhares de italianos o imitaram. E no fim a montanha de parmesão havia sido vendida.
Cozinhar por um sorriso
A história de Vikas Khanna é simples de resumir: de lavador de pratos a chef celebrado em Nova York. Por todo o mundo, cozinheiro natural de Amritsar, Índia, é considerado o embaixador da cozinha indiana. Ele também se engaja em projetos sociais: com a campanha "Cook for a Smile", Khanna procura combater a subnutrição das crianças indianas.
Rei dos aromas
A cozinha de Reuben Riffel é honesta, direta e repleta de aromas. Representando como ninguém uma África do Sul cosmopolita, ele mistura influências de sua infância e inspirações de outros cozinheiros sul-africanos e internacionais. Ele é autor de livros de culinária, tem um programa na TV e atua como embaixador da iniciativa "Hope through action".
A versátil
A austríaca Sarah Wiener conseguiu se tornar onipresente na cena culinária europeia. Ela faz palestras sobre alimentação saudável; dirige restaurantes e firmas de catering; na televisão, viaja pelas mais diversas regiões à procura de aventuras culinárias. Sua especialidade é a boa comida caseira. A fundação que leva seu nome se engaja "por crianças saudáveis e comer direito".