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Egito liberta dois jornalistas da Al Jazeera

12 de fevereiro de 2015

Condenados por suposto apoio à Irmandade Muçulmana, Mohamed Fahmy e Baher Mohamed são libertados após mais de 400 dias na prisão. Novo julgamento do caso, no entanto, prossegue na Justiça egípcia.

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Ägypten Al Jazeera Journalisten Mohammad Fahmy und Baher Mahmoud
Baher Mohamed (e) e Mohamed Fahmy (d) foram soltos nesta quinta-feira por decisão de um tribunal egícpioFoto: picture-alliance/dpa/K. Elfiqi

Após mais de 400 dias na prisão, os dois jornalistas da rede Al Jazeera que ainda estavam presos no Egito foram soltos nesta quinta-feira (12/02). O tribunal que autorizou a libertação de Mohamed Fahmy e Baher Mohamed ressaltou, porém, que o processo contra eles continuará sendo analisado pela Justiça egípcia.

Presos em dezembro de 2013, eles foram condenados a sete anos de prisão em junho do ano passado por suposto apoio à Irmandade Muçulmana e divulgação de notícias falsas sobre o Egito, com o intuito de ajudar o "grupo terrorista". O veredicto foi duramente criticado internacionalmente.

Fahmy, de cidadania canadense, teve que pagar 32,9 mil dólares de fiança para ganhar a liberdade. Já o egípcio Mohamed não precisou pagar nada. Por ordem do governo no Cairo, o repórter australiano Peter Greste, também condenado a sete anos de prisão no mesmo processo, já havia sido extraditado para a Austrália no dia 1° de fevereiro.

A decisão de libertar Fahmy e Baher ocorreu na primeira sessão do novo julgamento dos jornalistas, que deve ser encerrado no dia 23 de fevereiro. Fahmy chegou a abrir mão de sua cidadania egípcia para ter concedido direito de deportação para o Canadá, com base em um decreto assinado pelo presidente Abdel Fattah al-Sisi.

Além dos dois funcionários da Al Jazeera, a corte ordenou ainda a soltura, sem necessidade de pagamento de fiança, de três estudantes condenados no mesmo caso, também acusados de apoiar a Irmandade Muçulmana.

Organizações de direitos humanos e grupos de mídia afirmam que as acusações contra os jornalistas foram fabricadas. Autoridades egípcias veem a Al Jazeera como porta-voz da Irmandade Muçulmana, afirmação rechaçada pela emissora.

MSB/dpa/rtr/afp