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Coreia do Norte diz que EUA tornam guerra inevitável

7 de dezembro de 2017

Regime diz que exercícios militares conjuntos com Coreia do Sul e "declarações belicosas" de autoridades americanas confirmam intenção de deflagrar conflito na península.

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Bombardeiro B1-B acompanhado de outras aeronaves participa de manobras militares na Coreia do Sul
Bombardeiro B1-B acompanhado de outras aeronaves participa de manobras militares na Coreia do SulFoto: picture-alliance/dpa/South Korea Defense Ministry

A Coreia do Norte afirmou nesta quinta-feira (07/12) que uma guerra nuclear na Península da Coreia está se tornando inevitável e acusou os Estados Unidos de terem a intenção de provocá-la, apontando para os exercícios militares realizados com a Coreia do Sul e que envolvem centenas de aeronaves, incluindo dois bombardeiros supersônicos B1-B.

Em comentários atribuídos a um porta-voz não identificado do Ministério do Exterior, o regime norte-coreano alegou que autoridades americanas, incluindo o diretor da CIA, Mike Pompeo, confirmaram suas intenções de promover uma guerra na Península da Coreia por meio de uma série de "declarações belicosas".

Leia também: Os temores de uma nova corrida nuclear

"Enquanto os EUA realizam seu maior exercício aéreo conjunto na Península da Coreia, tendo como alvo a República Democrática Popular da Coreia, seus políticos de alto escalão demonstram sinais alarmantes ao fazerem declarações belicosas, uma após a outra", afirmou o porta-voz.

No sábado, Pompeo afirmara que as agências americanas de inteligência acreditavam que o líder Kim Jong-un não tem ideia da fragilidade de sua situação, tanto em termos domésticos quanto internacionais. O porta-voz norte-coreano chamou de provocação essa "crítica imprudente ao nosso líder supremo, que está no coração de nosso povo".

O porta-voz argumentou que Washington segue a estratégia de avançar passo a passo para deflagrar o conflito. Diante disso, a guerra na Península da Coreia passou a ser uma questão de "quando" e não mais de "se", afirmou o diplomata, citado pela agência de notícias oficial norte-coreana, a KCNA.

"Não desejamos a guerra, mas não vamos nos esconder dela. Caso os EUA calculem mal a nossa paciência e acendam o pavio da guerra nuclear, asseguramos que amargarão as consequências com o poder de nossa força nuclear, que temos reforçado consistentemente", disse o porta-voz. "A questão que resta agora é: quando será iniciada a guerra?"

Os comentários foram divulgados pela agência estatal de notícias horas após os bombardeiros B1-B realizarem manobras no espaço aéreo sul-coreano. As aeronaves, normalmente estacionadas na base militar americana da ilha de Guam, no Pacífico, simularam ataque a alvos em terra num campo militar na costa leste da Coreia do Sul.

"Com o exercício, as Forças Aéreas da Coreia do Sul e dos EUA demonstraram a forte resolução dos aliados e a capacidade de punir a Coreia do Norte em caso de ameaças com armas e mísseis nucleares", afirmou o comando militar sul-coreano.

A manobra conjunta "Vigilant Ace", iniciada nesta segunda-feira, vai durar cinco dias. Além dos B1-B, os exercícios contam com a participação de mais de 230 aviões dos dois países, incluindo 12 caças com revestimento "invisível" dos EUA (seis F-22 e seis F-35), além de outros seis EA-18G Growler, caças-bombardeiros projetados para a chamada "guerra eletrônica".

RC/rtr/ap/lusa

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