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COPA DA CULTURA

17 de dezembro de 2005

Os temas enfocados esta semana por nossos leitores foram: Copa da Cultura, Amazônia, cidadania, direitos humanos e o futuro de Gerhard Schröder. Confira aqui!

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Foto: AP

Realmente esta idéia da Copa da Cultura é muito boa. Podemos divulgar o Brasil turisticamente, mostrando a diversidade cultural que temos. E com certeza um ano não será suficiente para mostrar tudo o que o Brasil tem de riqueza cultural. É um evento que deveria ser realizado em outros países e com mais freqüência, como o Ano do Brasil na França. Uma ótima oportunidade para o país e para as pessoas conhecerem um pouco mais do Brasil.
Danilo Cava

Acho possível unir o esporte à cultura desde que tenha respaldo popular. Na Alemanha a cultura é bem difundida e o povo sabe que o futebol é apenas um esporte. No Brasil a cultura é apenas um projeto, tanto que Gilberto Gil é conhecido porque é um cantor famoso e ministro da Cultura, antes ninguém o conhecia. No Brasil o futebol ainda hoje é utilizado para outros fins, como plataforma política, instrumento de alienação e também para alimentar o sonho dos jovens de família pobre que desejam melhorar suas vidas. Espero que haja desenvolvimento de meu país, para que o futebol também seja apenas um esporte.
Os alemães não têm noção da importância da Copa da Cultura para o Brasil. Explico: o povo alemão já sabe da importância da cultura há muito tempo, aqui no Brasil, nosso povo acha lindo falar em cultura, mas não passa de retórica. Se a cultura brasileira for valorizada no exterior, aí sim todos dão valor. Por isso eu peço à imprensa da Alemanha que destaque sempre a Copa da Cultura. Isso irá impulsionar muito os projetos culturais aqui no Brasil.
Ariovaldo Luciano

A idéia é ótima, excelente, como foi o ano de 2004, Brasil-França. É muito interessante essa relação de estudar culturas de outros países os quais não se conhece muito bem. Penso que seria bem proveitoso promover o ano Brasil-Alemanha. Aliás, deveríamos ter aqui no Brasil também mais informações sobre culturas de outros países.
Lala Moraes

INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA

Nosso pequeno planeta precisa ser melhor cuidado. A cooperação internacional é uma boa idéia, não apenas para preservar a Amazônia, como também para reduzir a poluição causada, tanto pelos países "pobres" como pelos países "ricos" (entre aspas, pois essas definições devem sofrer restrições). A preservação de grandes biosferas, em nosso planeta é questão de importância fundamental. As populações primitivas, que nos ensinam sobre a possibilidade de conviver sem destruir, são as principais vítimas do sistema cujo Deus é o lucro e a ética baseia-se no velho e decrépito ditado: a lei do mais forte. O Brasil, em sua dimensão quase continental, enfrenta grave desequilibrio econômico, em função de sua dívida externa – e interna – isso implica gerar divisas, custe o que custar. Certo que muita gente depende da exploração da floresta. Mas o superlativo do irracional é tenebroso! Há necessidade de encontrar meios de um manejo auto-sustentável da floresta, em sentido amplo. Há necessidade de investimento, nacional e estrangeiro, de forma a explorar as riquezas sem desgastar o meio ambiente, privilegiando as populações primitivas em seu meio ambiente. O Jardim da Galáxia necessita da generosidade e da inteligência de todos. Essa cooperação internacional não deve ter como motivação a indústria obsessiva do lucro – mas, sim, o consórcio de fundações, universidades, institutos de pesquisa que, em vez de praticarem a biopirataria, busquem investir no local – em justa parceria com a sociedade brasileira. É possível melhorar nosso relacionamento com a floresta, em sua preciosa biodiversidade. Essa ajuda, sendo motivada por interesses magnânimos, tendo em vista o bem estar de todos os povos, deverá favorecer grandemente as populações que buscam alternativas dignas de sobreviver sem destruir; construir sem usurpar o direito à vida de nações indígenas e a vasta fauna e flora. O ecoturismo, o replantio de florestas, o saneamento das cidades, a criação de pólos de pesquisa de alta tecnologia na Amazônia, além da proteção nacional com cooperação internacional, poderão reverter um quadro assustador de destruição. Vale a pena cooperar – inclusive trocar dívidas/juros pela ampliação de reservas nacionais.
Julio Azevedo

CIDADANIA
Sou uma pessoa que acredito na organização popular, amo a vida; pois a mesma só será possível com justiça social. Se olharmos a realidade, produzimos riquezas e não recebemos a mais-valia que é de direito. O que temos são políticas compensatórias sem critérios e muito clientelismo e governos populistas. As injustiças socias, o individualismo e acumulação de riquezas nas mãos de quem detém o poder, virou modismo. E preciso resgatar princípios, valores de vida em sociedade com base comunitária visando o desenvolvimento humano em todos os seus aspectos: físico, filosófico, psicológico... afirmando que somos construtores e transformadores de nossa própria história. Só construiremos um mundo de paz quando a justiça social for a base política, econômica, filosófica, banindo as divisões de classes sociais. Maior investimento na educação, saúde, esporte, cultura e lazer, é a saída. É preciso descer do pedestal e vir para a base, sentir a realidade de uma "Vida Sem Vida".
Antônia Pedrosa.


DIREITOS HUMANOS
Desde quando é possível falar de direito e justiça em se tratando do governo dos EUA? Afinal, todos sabemos que o governo norte-americano sempre apoiou, sustentou e forneceu ajuda militar, financeira e técnica (como torturar para obter informações) para as ditaduras latino-americanas. Quem acredita em George Bush ou Mrs Rice? É tudo muito ridículo. Dizem que não torturam, por exemplo, ao mesmo tempo lutam no congresso pelo "direito" de torturar! Ora, ora, ora! Por que ninguém fala a verdade abertamente? O mundo não é tolo.
Petrus


FUTURO PROFISSIONAL DE SCHRÖDER
Você vê algum problema nas opções profissionais de Schröder, após seu mandato como chefe de governo? Scolari, técnico da Seleção Brasileira pentacampeã, virou técnico da seleção lusitana. Isso é muito pior do que Schröder virar dirigente de uma empresa de energia. Os americanos levaram uma safra de integrantes da SS para compor os quadros da CIA. Isso foi muito mais feio do que Schröder virar dirigente de uma empresa de energia. Schröder virar dirigente de uma empresa multinacional de energia é uma pedra no sapato de Angela Merkel, fica parecendo que ele foi promovido de cargo. O que ocorreria se o chanceler federal da Alemanha tivesse promovido a classe dos taxistas em seu governo e logo em seguida virasse taxista? Será que a vida de ex-governante é ser exilado, virar senador ou viver de ser ex? O problema seria caso Schröder tivesse reservado bilhões de euros e começasse a apresentar obras superfaturadas e seus rendimentos não tivessem relação com o salário auferido. Em suma, que ele agora meta a mão no dinheiro que um dia tenha colocado à disposição como possível aposentadoria. Se esse não é o caso, nada mais justo que continue "por cima da carne seca". Afinal de contas, quem foi rei nunca perde a majestade.
Nascimento