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Conselho de Segurança atende exigências da Alemanha

Estelina Farias20 de dezembro de 2001

Superadas as divergências entre Alemanha e Grã-Bretanha, o Conselho de Segurança em Nova York deverá aprovar a tropa de paz da ONU para o Afeganistão ainda nesta quinta-feira.

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Comboio da ONU ultrapassa a fronteira uzbeque para o AfeganistãoFoto: AP

O Conselho de Segurança em Nova York decidiu propor um mandato claro para a tropa de paz a ser enviada ao Afeganistão, como a Alemanha havia exigido. O projeto de resolução prevê o uso de armas pelos soldados da ONU no cumprimento de suas tarefas para garantir a segurança na capital, Cabul, e adjacências.

A resolução deverá ser aprovada na noite desta quinta-feira. Inicialmente, o mandato das Nações Unidas é limitado em seis meses. O contingente planejado para a força de segurança internacional de apoio, com a sigla ISAF, é de aproximadamente 5 mil homens. O governo provisório afegão, que assumirá no próximo dia 22, havia admitido no máximo 3 mil.

O comando da tropa nos primeiros três meses será da Grã-Bretanha, apesar das objeções levantadas sobretudo na Alemanha, porque os britânicos participaram dos bombardeios dos Estados Unidos e por isso são vistos no Afeganistão como força de ocupação.

Bundestag - A Alemanha vai participar da missão de paz com até 1.500 soldados. O Parlamento (Bundestag) deverá aprovar o destacamento no sábado ou domingo, numa convocação extraordinária, pois se encontra em recesso desde a última sexta-feira.

O chanceler federal, Gerhard Schröder, suspendeu a visita que faria nesta sexta-feira aos soldados alemães na Bósnia, a fim de reunir o gabinete para encaminhar a votação parlamentar.

O acordo entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança só foi possível depois de superadas as divergências entre a Alemanha e a Grã-Bretanha. O governo alemão exigiu uma separação clara entre a operação militar dos Estados Unidos ainda em marcha no Afeganistão e a força da ONU, sob pena de não participar da tropa internacional.

A contenda entre Berlim e Londres foi resolvida com uma conversa ao telefone entre os ministros do Exterior alemão, Joshka Fischer, e o britânico, Jack Straw.