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Conselho de Cristãos e Judeus lança apelo em prol de Arafat

Neusa Soliz24 de dezembro de 2001

Impedido de assistir à missa do Galo em Belém, o presidente palestino Iasser Arafat recebeu grande apoio internacional, inclusive de uma organização com sede na Alemanha.

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Primeiro-ministro israelense Ariel Sharon e presidente palestino Iassir ArafatFoto: AP

Ignorando as críticas internacionais, o primeiro-ministro de Isrel, Ariel Sharon, manteve sua decisão de impedir a presença do presidente da Autonomia Palestina, Iasser Arafat, na missa de Natal em Belém, a cidade em que teria nascido Jesus segundo o catolicismo. Depois dos protestos dos Estados Unidos e da União Européia, nesta segunda-feira foi a vez do Vaticano criticar a proibição da visita de Arafat. O procedimento de Israel é "arbitrário", segundo o porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro Valls. Embora muçulmano, Arafat costuma freqüentar a missa do Galo em Belém, desde que Israel se retirou da cidade, há seis anos.

Apelo

- Na Alemanha, o Conselho Internacional dos Cristãos e Judeus (ICCJ), dirigiu um apelo ao premier israelense para que reexamine a questão. Os danos que essa proibição causaria às relações entre judeus, cristãos e muçulmanos seriam "imensuráveis e incalculáveis ", diz o apelo, divulgado nesta segunda-feira, em Heppenheim (Hessen).

Nesta madrugada foram reforçadas as barreiras nas estradas de Ramalá a Jerusalém, para impedir que o líder palestino se dirigisse em segredo a Belém. O patriarca de Jerusalém, Michel Sabbh, que visitou Arafat em Ramalá, e seus acompanhantes foram minuciosamente revistados por soldados israelenses ao saírem da cidade sob administração palestina. A proibição foi criticada por vários israelenses, inclusive pelo presidente Mosche Katzav. Sharon repeiu a condição para que Iasser Arafat possa ir a Belém: que mande prender, até o por do sol, os assassinos do ministro israelense do turismo, Rechawam Seewi, que seriam do seu conhecimento.

Nova chance para Peres

- Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro deu luz verde ao ministro do exterior, Shimon Peres, para que mantenha novos contatos com os líderes palestinos no intento de restabelecer a paz. Peres ameaçara com sua demissão se as negociações não fossem retomadas.