Como crianças veem o mundo daqui a 50 anos
As mudanças climáticas preocupam não só os adultos. A DW pediu a crianças com entre seis e 12 anos de idade que desenhassem como acham que será o planeta do futuro.
Um mundo afundando
Samuel, de apenas dez anos de idade, tem uma visão clara quanto aos efeitos das mudanças climáticas para o planeta: o nível da água aumentará tão fortemente que as pessoas que vivem perto do mar terão que pedir ajuda. "E por que isso acontece?" Ele fica sério e responde: "Por causa da poluição extrema!"
O último pôr do sol?
Daniel, de sete anos, adora admirar o Sol. Ele teme, porém, que o astro não exista mais em 50 anos. A esperança do menino é que ele mude apenas um pouco, de forma que o nascer e o pôr do sol continuem tão lindos quanto hoje. Enquanto isso, Daniel apela aos pais para que reciclem mais. Afinal, o que está em jogo é seu futuro.
Carros voadores
Num futuro próximo, os carros poderão voar, mas continuarão tão poluentes quanto hoje em dia. O céu será mais cinza que azul por causa da poluição. A humanidade terá esquecido completamente a importância da natureza. Mesmo as últimas árvores terão sido derrubadas. E, na opinião de Paloma, de dez anos, isso não vai demorar 50 anos, mas apenas 15.
Fuga do calor
Emma, de sete anos, recentemente viajou com a mãe pelo Sudeste Asiático. Ela estava maravilhada com a região, mas só não gostou do calor. A mãe dela explicou que a cada ano a Terra está um pouco mais quente. Por isso, não é de admirar que Emma imagine assim o futuro do planeta: o sol vai queimar quase tudo e os humanos terão de deixar a Terra. Em foguetes, claro.
Morar em Marte
Linus, de 12 anos, acha que assim será a vida em Marte. Em 50 anos, a Terra terá virado um caos tão grande que os seres humanos terão que procurar outro lugar para viver. Mas também em Marte as pessoas vão destruir tudo. "Não há muita esperança para o nosso futuro próximo, não é, Linus?" "Bem, ainda podemos impedir!"
O futuro é tecnologia
"A natureza terá pouca importância no futuro", diz Yann, de 12 anos. Mas ele não acha isso ruim, pois nossa tecnologia será muito avançada e teremos muitas "coisas voadoras". Assim ele vê o nosso planeta em 50 anos: cheio de infraestrutura moderna e máquinas revolucionárias.
O perigo do carbono
Astrid, de seis anos, tem uma ideia muito abstrata da Terra: os rios correm, pessoas se movimentam e o ar flui. Todos se movem na mesma direção e enfrentam a mesma ameaça: uma gigantesca pegada de carbono. Só que, em vez de um pé, a pequena Astrid se confundiu e desenhou uma mão coberta de riscos coloridos, com pontos pretos.
Deixe-nos sobreviver!
Nem todos os jovens artistas nos forneceram uma interpretação clara do que queriam dizer em seus desenhos. Aqui, Miguel, de dez anos, ofereceu duas opções: o robô pode representar as mudanças climáticas que nos ameaçam. Ou também a inteligência artificial, que pode ficar fora de controle e se tornar mais forte que nós. Em qualquer um dos casos, é preciso começar a tomar providências já.
Invasão da Terra
Judith, de sete anos, fica bem séria quando fala sobre o futuro do planeta. Ela está convencida de que todos poderemos estar mortos até 2067, inclusive nossos animais de estimação. Os extraterrestres então teriam oportunidade de invadir a Terra. No caso de isso não acontecer, é preciso economizar recursos. Começando pelo papel, desenhando no verso de folhas usadas.