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Com greve de padeiros, Bolívia manda militares fazerem pão

19 de maio de 2015

Padeiros paralisam produção por dois dias depois da retirada de subsídio estatal para a farinha de trigo. Para evitar escassez, militares são obrigados a fabricar pão nos quartéis.

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Soldados do Exército boliviano colocam a mão na massa em quartel de La PazFoto: picture-alliance/landov

Militares bolivianos foram obrigados a produzir pão pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira (19/05) por causa de uma greve de padeiros que atingiu principalmente La Paz e cidades do oeste boliviano.

O sindicato de padeiros começou nesta segunda-feira (18/05) uma paralisação de 48 horas devido à retirada do subsídio estatal para a farinha de trigo. Os panificadores afirmam que, sem o subsídio, são obrigados a subir o preço do pão, de 40 para 50 centavos de boliviano (de 17 para 22 centavos de real).

O ministro da Defesa, Reymi Ferreira, disse que os soldados usaram fornos industriais instalados em vários quartéis para fazer um pão de 60 gramas conhecido como marraqueta. A expectativa era produzir 70 mil unidades por dia, que seriam vendidas a 40 centavos de boliviano. Ferreira disse que, se a greve persistir, a fabricação de pão nos quartéis será ampliada. O pão dos militares está sendo produzido em seis quartéis de La Paz e El Alto, uma cidade vizinha.

O governo alega que o preço da farinha caiu no mercado e, por isso, não há mais a necessidade do subsídio estatal. Segundo o governo, em 2013 um saco de 50 quilos de farinha era vendido por aproximadamente 48 dólares e hoje custa cerca de 21 dólares.

A farinha era subsidiada pelo governo boliviano desde 2011. Os padeiros alegam, porém, que a retirada do subsídio não se deve ao preço mais baixo da farinha, mas porque o governo está ficando sem dinheiro por causa da queda internacional do preço do gás natural, cuja exportação é um dos pilares da economia boliviana.

CN/efe/afp/dpa