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Esporte

COI admite que eleições de sedes podem ter sido compradas

11 de setembro de 2017

Comitê responsável pelos Jogos Olímpicos pediu que seus advogados acompanhem investigações envolvendo escolha do Rio de Janeiro. Órgão se diz "comprometido a proteger integridade do esporte".

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Olympiade Brasilianische und Olympische Flagge
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler

O comitê executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) reconheceu nesta segunda-feira (11/09) que as eleições recentes para a escolha de cidades-sede de Jogos Olímpicos podem ter sido fraudadas por meio de pagamento de propina em troca de votos.

Após reunião do conselho, em Lima, no Peru, o COI informou, em nota, que podem ter ocorrido pagamentos para Papa Massata Diack, filho de Lamine Diack, ex-presidente da Iaaf (Associação Internacional de Federações de Atletismo), em troca de votos para escolha das cidades-sede.

O COI não especificou em quais eleições teriam ocorrido esses pagamentos, mas sinalizou que a escolha do Rio em 2009 pode ter sido uma delas. Na mesma nota, o comitê informou que sua Comissão de Ética solicitou a advogados que entrassem em contato com autoridade judiciais do Brasil para que eles acompanhem as investigações locais sobre suspeita de corrupção na escolha do Rio como sede dos Jogos de 2016.

"A comissão de ética do COI tem acompanhado essa questão. Quando houver provas, vamos agir", disse a entidade no comunicado. No mesmo texto, o COI afirmou ainda que está "totalmente comprometido a proteger a integridade do esporte" e que vai agir contra transgressores.

A divulgação da nota do COI ocorre menos de uma semana depois da eclosão da Operação Unfair Play (Jogo Sujo), da Polícia Federal brasileira. Como parte da operação, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, foi intimado na última terça-feira a prestar depoimento à PF.

Segundo as investigações, Lamine Diack é suspeito de ter recebido 2 milhões de dólares para vender seu voto na eleição que culminou na escolha do Rio como sede olímpica. Nuzman é suspeito de ter feito a intermediação entre o esquema de corrupção do governo Sérgio Cabral e membros do COI dispostos a vender seus votos.

JPS/ots