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Clubes estão preocupados com a falência da KirchMedia

Marion Andrea Strüssmann9 de abril de 2002

Dirigentes e jogadores estão abalados com o pedido de concordata da empresa que detém os direitos de transmissão do Campeonato Alemão, da Copa da UEFA e das Copas de 2002 e 2006.

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O meio futebolístico alemão aguarda com ansiedade a reunião extraordinária com representantes dos 36 clubes profissionais e a Liga Alemã de Futebol, na próxima quinta-feira (11), oportunidade em que será discutida e analisada a falência da KirchMedia.

A quebra da empresa pode desencadear uma séria crise financeira no futebol alemão. Importante fonte de renda para muitos clubes, a principal preocupação é saber como os contratos já firmados serão honrados. Pelo direito de transmissão dos jogos, a KirchMedia deveria desembolsar 360,5 milhões de euros no ano que vem e 460,2 milhões de euros na temporada seguinte.

Baixar salários –

"Se realmente rolar menos dinheiro, precisaremos fazer modificações. Provavelmente teremos que reduzir os salários", afirmou o diretor do Bayern de Munique, Karl-Heinz Rummenigge.

Muitos jogadores, entretanto, não temem apenas um corte no salário, mas também o desemprego. Vasile Miriuta, meio de campo do Energie Cottbus acredita que muitos profissionais serão dispensados, como medida para conter despesas. "Os clubes irão reduzir suas equipes e darão preferência aos jogadores mais baratos."

Contratos adiados -

Clubes de médio porte já começaram a agir, prevendo a maior crise financeira do futebol alemão. "No momento não fechamos nenhum contrato", comunicou o diretor do Hansa Rostock, Horst Klinkmann. Atitude semelhante foi tomada por Peter Pander, do Wolfsburg, que decidiu esperar até a reunião para redirecionar seus negócios. "Não vamos assinar nenhuma nova contratação sem ter certeza de que teremos dinheiro em caixa".

Até times mais bem estruturados financeiramente preferem esperar antes de gastar. Dieter Hoeness, do Hertha Berlim, declarou que não vai contratar um novo atacante antes de julho ou agosto.

Otimismo -

Apesar da eminência de uma grave crise financeira, a maioria dos cartolas prefere aguardar o desenrolar dos fatos antes de entrar em pânico. Rummenigge, por exemplo, diz que confia nos administradores da massa falida. Werner Hackmann, presidente da Liga Alemã de Futebol (DFL), por sua vez, afirmou que o futebol é um esporte tão arraigado que será difícil exterminá-lo.