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Cinco tecnologias de controle na internet

Kamila Rutkosky21 de setembro de 2012
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Foto: fotolia/mezzotint

Cada vez mais países limitam o acesso à internet alegando questões de segurança nacional, defesa da propriedade intelectual, proteção contra a pornografia infantil e exploração de menores, entre outros. Desta forma, o números de filtros de bloqueios a websites não para de crescer, assim como os debates sobre a questão.

1. Filtro de IP

Todos os sites têm um número de identificação exclusivo, chamado IP (Internet Protocol). Os filtros de IP bloqueiam estes endereços, portas e protocolos, podendo assim impedir o acesso a sites e aplicativos específicos. Através do IP, é possível identificar alguns dados, como a localização geográfica do internauta.

2. URL

É possível também bloquear um site a partir de palavras-chave. A filtragem por URL permite o bloqueio de extensões como .mp3 (arquivos de música que podem ferir direitos autorais) ou por termos específicos, criando uma lista de sites bloqueados. De acordo com o OpenNet Initiative (ONI), o Irã tem um sistema de censura tão sofisticado quanto a China. O software utilizado por eles foi desenvolvido nos Estados Unidos e bloqueia mais palavras em farsi, idioma do país, do que em outras línguas.

O Hamas impôs em Gaza o bloqueio de sites pornográficos na internet
O Hamas impôs em Gaza o bloqueio de sites pornográficos na internetFoto: DW

3. Resultados de pesquisa

Em diversos países, websites de pesquisa cooperam com o governo e omitem resultados indesejados ou ilegais. O internauta que acessar o Google em um país no qual o governo não permite o acesso dos cidadãos a algumas páginas da internet poderá ver no final da página um aviso e um link para o projeto Chilling Effects Clearinghouse, que fala sobre os direitos na web.

O Google deixa claro que, de acordo com o país, algumas palavras são omitidas. A China tem um dos sistemas de bloqueio mais sofisticados do mundo. Termos como "independência do Tibete", "Dalai Lama", "massacre na Praça Celestia"l, nomes de críticos ao regime e movimentos contra o comunismo são impedidos pelo sistema. Assim como os bloqueios, o acesso à internet na China não para de crescer, dizem os relatórios da ONI.

4. Provedores de acesso e de backbone

O bloqueio por meio de provedores de acesso e de backbone impedem o contato com um determinado site ou servidor. O backbone funciona como a espinha dorsal de um provedor, fazendo a interconexão de redes. O bloqueio pode ser feito por meio de alteração do nome do domínio (DNS) ou por filtros.

Segundo a ONI, a Tunísia utiliza diversos sistemas de filtros para censurar conteúdos na internet, entre os temas proibidos estão a oposição ao governo, direitos humanos e métodos para escapar da censura. Todos os servidores locais precisam responder à Agência de Internet da Tunísia, que implementa filtros diretamente no backbone da rede.

5. Ataque DOS (Denial of Service)

Denial of service (DOS), ou "ataque de negação de serviço", impede um site específico de funcionar normalmente por meio de ataques que sobrecarregam o servidor e tiram o site do ar. De acordo com o OpenNet Initiative, em Mianmar ataques DOS aconteceram massivamente nas semanas anteriores às eleições de 2010. No dia 2 de novembro do mesmo ano, os ataques deixaram a internet do país quase inacessível. Grupos internacionais acusaram o governo de deixar a internet mais lenta para calar a mídia internacional.