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Chanceler alemão anuncia maior cooperação entre Ásia e UE

(ms)9 de outubro de 2004

Depois de participar do 5º Fórum Europeu-Asiático em Hanói, o chanceler federal da Alemanha, Gerhard Schröder, revelou que as relações entre os dois continentes devem estreitar ainda mais, apesar de algumas diferenças.

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Chanceler federal alemão Gerhard SchröderFoto: AP

Após o término do 5º Fórum Europeu-Asiático (Asem) em Hanói, neste sábado (09/10), o chanceler federal da Alemanha, Gerhard Schröder, revelou que a relação entre os dois continentes deverá ser fortalecida. Todos os debates foram produtivos e "a cooperação entre a Europa e Ásia será bem mais intensa do que era antes".

Voltado ao diálogo político, econômico e cultural, diversos temas foram tratados neste encontro de dois dias na capital do Vietnã. A cúpula bienal reuniu este ano chefes de Estado e governo dos 25 países-membros da União Européia, o presidente da Comissão Européia, Romano Prodi e ministros dos dez países-membros da Associação das Nações do Sudoeste Asiático (Aseam), além da China, Coréia do Sul e Japão.

Ponto de discórdia

A participação de Myanmar (antiga Birmânia), que, ao lado de Laos e do Camboja, é o mais novo membro do Aseam, quase resultou em um boicote da conferência por parte do grupo ocidental. O país é acusado de não respeitar os direitos humanos e de impedir que a ativista Aung Sang Suu Kyi, prêmio Nobel da Paz, saia do país.

Na segunda-feira, os ministros do Exterior da UE pretendem discutir sobre a adoção de sanções mais severas contra Myanmar, país ainda dominado por uma ditadura militar. Schröder adiantou a posição da Alemanha admitindo ser favorável à medida. "Eu considero isto adequado".

Pontos em comum

Apesar da questão de Myanmar, que quase resultou na suspensão do Fórum, outros temas, como a luta contra o terrorismo, a situação do Iraque e o programa nuclear da Coréia do Norte, foram debatidos com certa unanimidade neste Fórum que não conta com representantes americanos.

Todos os participantes se comprometeram na luta contra a proliferação de armas de destruição em massa, no combate à pobreza, Aids e a Sars. Os países também pretendem agir com vigor e de forma mais coordenada contra o crime organizado, lavagem de dinheiro, comércio de drogas, destruição ambiental e imigração ilegal.

Os setores cultural e científico devem ser mais incrementados para facilitar a compreensão e a troca de conhecimentos entre as diferentes culturas. A intenção é promover o intercâmbio de estudantes e profissionais. O próximo Fórum Europeu-Asiático deve acontecer na Finlândia em 2006.

Pela suspensão do embargo

Antes de prosseguir em sua viagem pela Ásia, o chanceler alemão voltou a frisar que é favorável ao fim do embargo de vendas de armas da União Européia contra a China. "Minha posição é conhecida e não mudei de idéia".

A UE impôs a sanção há 15 anos, depois do sangrento ataque contra estudantes que protestavam na Praça da Paz Celestial, em 1989. Assim como a Alemanha, o governo francês também apóia a suspensão do embargo.