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Centro-direita alemã promete renovação sem reforma radical

(ef)6 de maio de 2002

União Democrata-Cristã (CDU) e União Social-Cristã (CSU) apresentaram programa eleitoral conjunto, pela primeira vez em sua história de mais de 50 anos.

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Edmund Stoiber e Angela Merkel prometem mais segurança, mais empregos e menos impostosFoto: AP

As reformas visam maior segurança, crescimento econômico, geração de empregos e redução da taxa máxima de imposto para abaixo de 40%. O programa eleitoral foi apresentado em Berlim, nesta segunda-feira (06), pelos presidentes da CDU, Angela Merkel, e da CSU, Edmund Stoiber.

Stoiber é o candidato comum dos dois partidos à sucessão do chanceler federal, Gerhard Schröder, candidato à reeleição. CDU e CSU formaram, junto com o Partido Liberal, a coalizão de governo de Helmut Kohl, derrotada nas eleições parlamentares de 1998.

As legendas governistas (SPD e Partido Verde) apresentaram programas eleitorais separados. As pesquisas sobre intenção de voto apontam vantagem da oposição de centro-direita sobre os partidos governistas de centro-esquerda.

O candidato da oposição conservadora anunciou para 2003, se for eleito, a suspensão da última etapa do imposto ecológico sobre combustíveis. Stoiber promete também desconto das despesas com assistência a crianças no imposto de renda.

O SPD presidido por Schröder foi, contudo, o primeiro a eleger a política de família como plataforma eleitoral, prometendo mais creches, jardins de infância e escolas de tempo integral, a fim de dar às mulheres a chance de serem mães e exercerem uma profissão ao mesmo tempo. Para isso, Schröder prometeu aos estados quatro bilhões de euros por ano.

Para gerar de 700 mil a 800 mil empregos, os democrata-cristãos e social-cristãos planejam reformar a legislação trabalhista. Os custos das medidas imediatas, estimados em sete bilhões de euros, não representariam despesas adicionais, pois seriam garantidos com uma redistribuição no orçamento federal.

As outras metas da CDU e CSU, como a grande reforma fiscal até 2006, a introdução do abono família de 600 euros por cada criança e o reforço do orçamento da Defesa seriam financiadas com um aumento progressivo da receita proporcionado por um presumido crescimento econômico.

Mar de rosas

- Os partidos governistas acusaram os dois oposicionistas de apresentar planos inconsistentes. O secretário-geral do SPD, Franz Müntefering, disse que a CDU e a CSU planejam um déficit público gigantesco. Na opinião do candidato dos verdes à chefia de governo e ministro do Exterior, Joschka Ficher, a oposição conservadora "está prometendo um mar de rosas".