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CATÁSTROFE NA ÁSIA (2)

8 de janeiro de 2005

As conseqüências do maremoto no Sudeste Asiático continuam sensibilizando nossos usuários. Mas eles se expressaram também sobre outros assuntos tratados nas nossas páginas.

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A tragédia no Oceano Índico comoveu o mundo inteiroFoto: dw-tv


Fico muito triste pelo ocorrido na Ásia, afinal são seres humanos e como todos têm sentimentos. Mas felizmente, pelo menos em grandes catástrofes como essa, o mundo pode observar um outro grande fenômeno: a solidariedade do resto do mundo. Acho que este ato da humanidade deveria ser todos os dias. Em vez de se preocuparem em fazer guerras, os grandes líderes do mundo deveriam investir seus bilhões de dólares em coisas que possam pelo menos minimizar acontecimentos como este dos nossos irmãos na Ásia.
Gostaria muito de um dia poder ver essa solidariedade toda acontecendo no dia-a-dia das pessoas por todo o mundo... Enquanto o homem não respeitar a natureza como ela merece, sempre acontecerão grandes catástrofes naturais...
Waldecy

Estarrecida! É muito triste ver esta devastação! Nunca passei por situação assim e gostaria de mandar um abraço de conforto a todos os que perderam parentes e amigos neste trágico acontecimento. E venham passar férias aqui no Brasil, pois não correm este risco e aqui tem praias maravilhosas no Nordeste, Sul e região Sudeste do país. Serão bem-vindos! Estou chocada também com a notícia de que não dispararam o alarme para não perderem divisas, pois o turismo é fonte econômica para aquele país. Isto é um absurdo! Até onde vai a ambição humana que nem se preocupa com a vida dos seres humanos?
Rosa Amélia

Minha avaliação a respeito da tragédia na Ásia é que o homem provocou e ainda vai provocar muito mais catástrofes como esta... E, o que é pior, ainda não se deu conta disto... é lamentável...
Stella Maris

Estou, neste momento, confortavelmente na minha casa, assistindo as imagens horrendas da tragédia do maremoto na Ásia. Mais de 50 mil pessoas mortas... Dá para imaginar o que é isso? Cerca de 30% de crianças, umas 15 mil nessa primeira avaliação dos países atingidos... No portal do Terra, uma notícia passa quase despercebida, dizendo que o eixo do planeta foi desviado com o terremoto, ninguém sabe aindas as conseqüências desse fato...
Sinto-me impotente, sinto-me culpada, sinto-me triste, sinto que tenho que fazer alguma coisa para contribuir de alguma forma para o consolo dos sobreviventes. Como terapeuta holística, busco a perfeita harmonia do ser humano com a natureza e essa harmonia está sendo quebrada... O planeta está se quebrando e temos que fazer alguma coisa, mesmo que à distância...
Ágatar Sousa

Não havia um único telefone para que a tragédia fosse amenizada? Como pode? Em uma hora e meia, não tinha um e-mail? Nenhum contato com o mundo? Existe isso? Não ter como avisar?
Roze Almeida

ENTREVISTA COM BARBARA FRITZ

Pressekonferenz von Luiz Inacio Lula da Silva
O governo Lula foi objeto de análise da socióloga alemã Barbara FritzFoto: AP

Em sua entrevista sobre o governo Lula, Barbara Fritz é exata na denúncia de um dos principais problemas brasileiros: o pagamento da dívida externa consome todos os recursos e impede o desenvolvimento de programas sociais, condenando milhões de pessoas à miséria e ignorância. Porém, Barbara não fez menção aos crescentes questionamentos que a sociedade brasileira vem fazendo sobre as origens desta escravizante dívida: seria esta dívida legítima e honesta? O que foi feito com todo esse dinheiro?
Também devemos lembrar que os prejuízos provocados pela sangria de recursos a título de pagamento de dívida externa não assola apenas o Brasil, pois a miséria social gera enorme degradação ambiental através da exploração predatória das florestas, recursos hídricos e ecossistemas, impactando, afinal, todo a ecosfera. Por conta das exigências de sua dívida, o Brasil, além da miséria, esgota seus solos e é o país que mais destrói florestas no planeta, entre as quais a amazônica, que guarda a maior biodiversidade e que mantém a maior reserva de água doce da ecosfera.
Barbara Fritz afirma que no Brasil é necessária uma urgente redistribuição de renda. Porém, complementarmente, também podemos considerar que a distribuição de renda é igualmente urgente em nível mundial, se quisermos construir um desenvolvimento sustentável para todos; e que esta sustentabilidade planetária somente será possível através do reconhecimento e internacionalização da valoração dos serviços ambientais nos fundamentos econômicos e nas contas internacionais, garantindo assim a preservação dos ecossistemas mundiais em harmonia com os povos que neles vivem, inclusive os brasileiros.
Utopia? Talvez. Mas torna-se urgente para a própria economia que o dinheiro deixe de ser o mais forte instrumento da entropia para se transformar em instrumento de progresso e sustentabilidade socioambiental. Afinal, é certo que a destruição dos ecossistemas acabaria por destruir a própria economia.
Nelson Luiz Wendel

TRÁFICO DE SERES HUMANOS

Prostituierte in Budapest
A União Européia quer combater o tráfico de mulheresFoto: AP
É possível acabar com o tráfico de seres humanos, se estivermos falando de povos civilizados. Infelizmente, as sociedades que exploram a fragilidade de povos pelo mundo não pode ser chamada de civilizada e muito menos de berço do melhor do pensamento humano. É simples: se existem pessoas sendo exploradas num país como a Alemanha, existem exploradores com endereço fixo e lugares próprios para a prostituição. Qual a dificuldade para a polícia de entrar nesses locais e constatar o problema ? Por que não prendem os aliciadores e deportam as mulheres exploradas?
Wanderley Stagliano

CULTURA E CONFLITOS

Acredito que a cultura, subentendida aqui como o resultado das manifestações estéticas (filosóficas e literárias inclusive) pode servir para a prevenção de alguns tipos de conflitos, e isso se contextualizada de forma socialmente abrangente e democrática, num programa de longo prazo (projetos com previsão de resultados para daqui a 20 anos, por exemplo). Mas também acredito que a mesma cultura instaura determinados conflitos, no sentido de debater, rever e superar dogmas, preceitos e visões de mundo que, embora em voga, são prejudiciais à humanidade. É papel da arte fazer pensar, colocando no processo do fazer artístico tanto o espectador como o artista como sujeitos-no-mundo e sujeitos-com-os outros.
Carlos Henrique Cypriano