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Casos confirmados de microcefalia sobem 50% em uma semana

3 de fevereiro de 2016

Ministério da Saúde diz que 404 casos da condição neurológica foram confirmados no país desde outubro, sendo 17 oficialmente relacionados ao zika. Governo investiga mais 3.670 suspeitas possivelmente ligadas ao vírus.

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Brasilien Zika Virus - Mikrozephalie
Foto: Reuters/U. Marcelino

O número de casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central subiu 49,6% no Brasil em uma semana, segundo informou o Ministério da Saúde na noite desta terça-feira (02/02). Já são 404 casos confirmados, ante os 270 da semana passada.

No mesmo período, o número de casos suspeitos aumentou 14,4%, passando de 4.180 para 4.783. Desse total, o governo afirmou estar investigando 3.670 casos, 222 a mais do que na semana anterior. Outras 709 notificações suspeitas já foram descartadas.

O boletim também informou que, dos 404 casos confirmados desde o início das investigações, em 22 de outubro de 2015, 17 estão relacionados ao vírus zika. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por outro lado, não reconheceu essa relação oficialmente.

O Ministério da Saúde acrescenta que a microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.

Os casos brasileiros confirmados foram registrados em 156 municípios de nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Segundo o governo, o Nordeste concentra 98% desses municípios.

O número de mortes possivelmente relacionadas à microcefalia também subiu em uma semana, de 68 para 76. Em 15 desses casos, a microcefalia foi confirmada como causa do óbito. Em cinco deles, houve identificação do vírus zika no tecido fetal. Outros 56 casos ainda estão sendo investigados, e cinco foram descartados.

No boletim, o Ministério ainda orienta as gestantes a adotar medidas para reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, chikungunya e zika –, como eliminar criadouros e proteger-se da exposição ao inseto, aplicando repelentes, por exemplo.

Nesta quarta-feira, ministros da Saúde de 15 países pertencentes ao Mercosul e à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) se reunirão em Montevidéu, no Uruguai, para discutir estratégias conjuntas de combate ao mosquito.

Também nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff fará um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão para pedir que a população ajude intensamente no combate ao mosquito. Dilma também vem exigindo a mobilização de todos os ministérios na causa.

EK/abr/ots