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Carros europeus terão sistema para chamar emergência

29 de abril de 2015

Em três anos, automóveis vendidos na UE deverão conter sensor que avisa serviços de resgate em caso de acidente. Segundo Parlamento Europeu, tecnologia pode resultar em queda de 10% nas mortes nas estradas.

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Foto: picture-alliance/dpa

A partir de 2018, carros vendidos na União Europeia (UE) devem vir equipados com um sistema que notifica automaticamente os serviços de emergência em caso de acidente, segundo regras aprovadas pelo Parlamento Europeu nesta terça-feira (28/04).

Legisladores europeus acreditam que a tecnologia, obrigatória em veículos de passageiros, incluindo as vans, a partir de 31 de março de 2018, ajudará a reduzir as mortes causadas por acidentes. Somente no ano passado, 25,7 mil pessoas morreram nas estradas dos 28 países do bloco europeu.

"Uma resposta mais rápida dos serviços de emergência poderia salvar por volta de 2,5 mil vidas todos os anos", disse a deputada Olga Sehnalova. "O eCall como serviço público, sem taxas, independentemente do modelo ou do preço do veículo, irá contribuir para esse objetivo."

O sistema, baseado num sensor, efetuará ligação direta e automática para o número 112 – o serviço de emergência europeu – quando identificar um acidente grave. Também irá gerar informações quanto ao tipo do veículo, a localização e quantidade de combustível, além do número de passageiros e a hora do acidente.

O eCall também permite que os atendentes do serviço de emergência tenham conexão direta com o carro. As pessoas também poderão fazer uma ligação para o 112 ao apertar um botão dentro do veículo.

Em casos nos quais haja dificuldades linguísticas para a comunicação – algo nada incomum no bloco, que tem 24 idiomas oficiais –, as informações básicas sobre o acidente ainda permitirão uma resposta rápida.

Enquanto alguns céticos levantam questões referentes à privacidade, as regras da UE estabelecem que os veículos serão rastreados pelo serviço eCall somente em caso de acidente. Além disso, os dados coletados pelo sistema devem ser deletados e não poderão ser repassados para terceiros sem consentimento.

"Afinal, não podemos esquecer que o principal propósito do eCall é a segurança", declarou Erik Jonnaert, secretário geral da Associação Europeia da Indústria Automobilística (ACEA). "A indústria entende que o texto final equilibra a questão de salvar vidas e a proteção de dados."

Três anos após a introdução do sistema em carros e vans, a UE irá analisar se ele deve ser instituído também para ônibus e caminhões.

GB/dpa/rtr