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CARICATURAS DE MAOMÉ

11 de fevereiro de 2006

A polêmica em torno das caricaturas de Maomé e o papel da imprensa neste contexto foi o tema mais comentado nesta semana por nossos usuários. Leia aqui!

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Foto: AP

O dogma é um ponto fundamental e indiscutível de uma religião ou sistema doutrinário. Portanto, há de se ter muito cuidado quando se toca nesse tipo de assunto. Usar charges, vinhetas, jargões e outras coisas tais soa como uma afronta, principalmente em se tratando da religião mulçumana, onde se briga por tudo, inclusive matando inocentes em nome de Alá.

Portanto, caros e nobres jornalistas, cuidado com o que escrevem e publicam! O fundamentalismo religioso dessa gente não perdoa ninguém! Tomem como exemplo o autor dos Versos Satânicos, que até hoje se esconde debaixo das saias dos ingleses, inclusive remodelando a face para que não seja reconhecido e morto.
Ramiro Serra

Em princípio a imprensa tem direito a tudo. Mas deve existir por parte daqueles que têm o poder da comunicação ao seu dispor, principalmente quando têm alcance internacional, o respeito às crenças de outros povos, sobretudo quando se sabe, ou se tem a certeza absoluta, que aquilo vai ferir, machucar. A imprensa tem de ter consciência de que quando humilha um povo inteiro com uma charge ela pode estar mexendo numa caixa de marimbondos. Os árabes não são com certeza que nem os brasileiros – que cada um corre para um lado. Lá eles são unidos e a religião serve apenas como pretexto para que possam exacerbar seu ódio contra o Ocidente.

Eles afinal têm razão, pois historicamente são espoliados economicamente pela Europa e pelos EUA, há muitos anos. Não são como os negros dóceis e submissos, eles carregam um ódio mortal e, ao que parece, é um barril de pólvora que fica maior a cada dia que passa, e pelo visto eles cobrarão com sangue cada gota de petróleo que lhes foi roubada.
Luiben

No carnaval do Rio de Janeiro não foi apenas uma única vez que a Igreja Católica tentou e conseguiu proibir a exposição da imagem de Jesus Cristo durante os desfiles carnavalescos. O carnaval do Rio é considerado uma grande festa popular e a maioria dos carnavalescos são considerados grandes expoentes artiísticos, como por exemplo Joãosinho 30.

Se uma das grandes diferenciações entre a Igrejas Católica e Protestante (ocidentais) é o culto ou não à imagem, e se sabemos que nas mesquitas muçulmanas não há o culto à imagem, o que é expressamente proibido, será que o cartunista não sabia nada a respeito do personagem que fazia representar? Durante anos a fio Salman Rushdie, após escrever os Versos Satânicos, viveu sob a proteção da polícia britânica após ser condenado à morte por fanáticos muçulmanos. Em ambos os casos o que vem à tona é a representação do Islã. [...]

Uma caricatura pode ser um desenho isolado de uma pessoa, mas um jornal é um ator social e representativo do conjunto da sociedade na qual está inserido. No caso em questão, o jornal dinamarquês é o filho mais novo que mandou uma pedrada na casa do vizinho e acertou algo precioso lá dentro. Nada mais natural que a família atingida faça suas reclamações e que a família do atirador de pedras trate de defendê-lo, seja lá com quais argumentos for.
H. Nascimento

Sou ateu, mas penso que devemos respeitar quem tem crenças, exceto se essas crenças forem desrespeitosas à vida, dignidade e liberdade do ser humano. O que me confunde é se o islamismo e os ensinamentos de Maomé são isso.

Antonio Serqueira

O infeliz episódio provocado por uma publicação ofensiva a uma religião levanta a pergunta sobre os limites da liberdade de expressão. O princípio da liberdade de imprensa é justo e saudável, mas não deve ser usado de forma irresponsável, inescrupulosa e desrespeitosa a qualquer país, raça ou religião.
Pastor André

Eu acho que a imprensa deve ter sua liberdade, mas tem que ter limites, saber até onde pode ir, não é assim atacando religiões e povos que se mostra a democracia e liberdade.
V. Passos

Com religião não se brinca, devemos respeitar todas, mesmo que não concordemos com elas.
Jairo Moreira

A imprensa deve ser independente e livre para publicar charges e sátiras. Não vi estas polêmicas charges, todavia eu creio que estes "revoltados" estão apenas procurando motivos para uma "guerra santa". Negam o verdadeiro espírito do Islã, que deveria ser paz. E se no final de tudo... não houver nem Jeovah.... nem Alah... por que tanta violência? Seria insegurança de que tudo o que crêem é realmente "a" verdade? Que espécie de cultura é esta que não permite contestação nem crítica?

Tudo no mundo é discutível e pode ser polêmico. Inclusive, e principalmente, as religiões. Cumpririam uma função de preservação do clã inicialmente? Manteriam a identidade social e a própria sobrevivência de determinados grupos? E atualmente? É necessário tanto fanatismo e intolerância? São questões que o homem do próprio século deverá confrontar com muito mais coragem do que até aqui tem feito. Creio eu!
Dr. Rubens

Sim, a liberdade da imprensa é primordial, necessária para um mundo melhor. Viva o direito de satirizar Jesus, Maomé, Buda e outros mais... Lutaremos por um mundo com mais mais liberdade.
Beto F.

Charge faz parte da liberdade de imprensa, ou também querem acabar com isso? Se acaba a liberdade de imprensa e opinião, também deveria acabar a liberdade religiosa?
Pedro Nascimento

Não acho favorável a imprensa usar de sua liberdade para denegrir a imagem das pessoas ou de religiões. Tem que ser usada com responsabilidade, medir o grau da conseqüência que irá gerar.
Lucia Walda

Sou a favor da liberdade de expressão, mas devemos entender que nossos direitos terminam onde começam os dos outros. Mexeram na ferida errada ao provocar exatamente o mundo islãmico que é o que menos tem afinidades com o nosso mundinho ocidental, que só olha para o próprio umbigo!
F. Rocha

Acredito que o bom senso é a melhor saída. Nós mesmos já satirizamos o nosso próprio Deus inúmeras vezes. Eu não consigo entender até onde a religião deve ser posta, a ponto de custar vidas. Isso entendo ser extremismo também.
Marcio Piffer

A revolta do mundo árabe retrata o absurdo do fanatismo pelas religiões. O autor dos Versos Satânicos já dizia que nada no mundo é o maior causador de terror e guerras do que as religiões, sem falar nos temas das mulheres mutiladas, apedrejadas, homens-bombas, árabes cortando a garganta de suas vítimas diante das câmeras de vídeo.
Outrora, a "Santa Madre Igreja" e sua Inquisição queimaram multidões, as cruzadas dos inocentes, a destruição dos povos indígenas da América Latina por causa do ouro almejado pelos espanhóis e portugueses, os enforcamentos das "bruxas" de Salem, feita pelos protestantes vindos da Inglaterra. Que deuses são esses que toleram tanto sangue derramado?
Sou a favor de qualquer caricatura, e temos que lutar sim pela liberdade de imprensa. Se os árabes podem boicotar os produtos dinamarqueses, nós também podemos boicotar todos os restaurantes árabes e, no futuro, temos de nos libertar da prisão do petróleo, multiplicando pesquisas de combustíveis alternativos.
Lucio T.

Acredito que o papel da impresa é de informar e esclarecer a população sobre assuntos do nosso dia-a-dia, com responsabilidade e ética, e não ser formadora de opinião de forma causuística ou usar de fisiologismo como os políticos costumam fazer. Esse mesmo jornal dinamarques que fez essa públicação não aceitou publicar caricaturas de Jesus, mas aceita publicar de Maomé. Não devemos impor nossa cultura ocidental ao mundo asiático e oriental. Tudo bem que vivemos num mundo globalizado, mas não devemos globalizar as culturas, devemos ter sim um intercâmbio cultural mas não uma imposição cultural
H.B.M. Alves

E se um jornal árabe colocasse uma charge de Jesus explodindo bombas nucleares no Japão?! Qual seria a repercussão no mundo ocidental? E se a charge fosse de Jesus invadindo o Iraque? A imprensa tem liberdade sim, mas isso que fizeram é provocação, tocaram gasolina no fogo.[...]
Mateus Lago

Com que finalidade esta caricatura foi feita, foi obra de arte, criatividade etc? Tudo tem que ter um certo respeito. Não acredito que tenham que ser proibidos, mas publicados em lugar mais discreto e não em evidência para provocar. Principalmente contra povos religiosos exóticos e tirânicos. A Dinamarca é uma inocente útil, ela está sendo usada pela nação iraniana – que, me desculpem, voltou à Idade da Pedra e quer produzir armas nucleares. É o desvio da mídia este movimento. Precisamos nos solidarizar com o grande país que é a Dinamarca e é europeu.
Camargo Jr.