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Caravana de Lula no Sul é alvo de tiros

28 de março de 2018

Ônibus da comitiva do ex-presidente são alvejados no Paraná, e PT cobra investigação e fala em tentativa de assassinato. Não há feridos. Lula não estava nos veículos atingidos pelos disparos.

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Lula
"Nossa caravana foi atacada por grupos fascistas", afirmou ex-presidente LulaFoto: picture alliance/dpa/Photoshot/R. Patrasso

A caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de tiros nesta terça-feira (27/03), quando se deslocava de Quedas do Iguaçu para Laranjeiras do Sul, no Paraná. Não houve feridos.

"A nossa caravana foi atacada por grupos fascistas. Já tinham atirado ovos e pedras e hoje dispararam um tiro contra um ônibus", escreveu Lula na sua conta no Twitter.

Leia mais: A polêmica em torno da série "O Mecanismo"

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o caso deve ser investigado como tentativa de assassinato. "Poderiam ter matado o presidente Lula", disse.

Segundo o PT, os tiros atingiram dois dos três ônibus da comitiva, nos quais viajavam jornalistas e convidados. Lula não estava em nenhum dos dois veículos alvejados.

Jornalistas que estavam no local disseram que dois ônibus da caravana apresentavam marcas que poderiam ser de tiros.

O ex-presidente está viajando pelo Sul em busca de apoio para sua nova tentativa de concorrer à Presidência da República, nas eleições de outubro. A caravana tem sido alvo de protestos pelos locais por onde passa.

Nesta quarta-feira, Lula estará em Curitiba, onde vai encerrar sua caravana pelo Sul. Também seu principal adversário na disputa pela Presidência, Jair Bolsonaro, estará na capital paranaense nesta quarta.

Lula foi condenado, em 24 de janeiro, em segunda instância, a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato.

TRF-4 publica decisão

Também nesta terça-feira, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) publicou o acórdão com a decisão na qual rejeita o embargo de declaração de Lula. Trata-se do recurso utilizado pela defesa do ex-presidente para solicitar esclarecimentos no texto da sentença.

A defesa de Lula pretendia reverter a condenação de Lula por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, mas não foi bem-sucedida.

Com a publicação do acórdão, a defesa de Lula pode, em tese, protocolar novo embargo de declaração contra a decisão que negou o primeiro embargo. O costume, no entanto, é que os desembargadores do TRF-4 neguem rapidamente esse segundo recurso por considerá-lo meramente protelatório. Isso encerraria a tramitação do processo de Lula na segunda instância.

AS/lusa/ap/afp/abr

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