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Bundeswehr deve participar de missão da UE no Mediterrâneo

16 de setembro de 2015

Ministros aprovam envolvimento das Forças Armadas alemãs em operação de combate a traficantes de pessoas. Aval do Parlamento ainda é necessário. Objetivo da missão é apreender e destruir embarcações.

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Deutschland Fregatte Karlsruhe in Dschibuti
Foto: picture-alliance/dpa/G. Breloer

A Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) está um passo mais perto de participar da missão militar da União Europeia contra os traficantes de pessoas no Mar Mediterrâneo. Na reunião ministerial desta quarta-feira (16/09), em Berlim, foi aprovado o envio de 950 soldados alemães para a região. A participação da Bundeswehr precisa agora do aval do Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão).

A segunda fase da missão europeia EUNAVFOR MED, cujo início foi aprovado pelos países do bloco nesta segunda-feira, visa apreender e destruir embarcações de transporte ilegal de refugiados em águas internacionais entre a Líbia e a Itália.

O alvo da ofensiva são os atravessadores no norte da África, que põem em risco a vida de milhares de pessoas que tentam chegar à Europa. A primeira fase da operação consistiu no resgate de migrantes e na coleta de informações sobre as atividades dos traficantes.

Em maio deste ano, a Bundeswehr enviou duas embarcações com cerca de 320 soldados, que se somaram a outras duas no Mediterrâneo, para ajudar nas missões de resgate. Estima-se que mais de 7.200 pessoas tenham sido resgatadas.

A Organização Internacional de Migração estima que, desde o inicio do ano, cerca de 350 mil pessoas tenham se arriscado na travessia do Mediterrâneo, e calcula que em torno de 3 mil tenham perdido suas vidas.

O planejamento da missão da UE inclui também uma terceira fase, em que as forças internacionais deverão se envolver em atividades no território líbio. Para tal, porém, ainda será necessária a aprovação do Conselho de Segurança da ONU ou do governo da Líbia, que vive uma situação caótica em meio à luta pelo poder em diversas regiões do país.

Além disso, muitos Estados-membros do bloco europeu não veem com bons olhos essa opção, temendo que as forças internacionais acabem se envolvendo em combates com as milícias que disputam o poder no país.

RC/afp/dpa