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Brasil não convence contra o Japão, diz mídia alemã

(gh)23 de junho de 2005

Principais jornais e revistas do país anfitrião da Copa das Confederações criticam desempenho da defesa brasileira no confronto com asiáticos e acreditam em vitória alemã na semifinal.

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Akira Kaji (e) passa por Léo durante o 2 a 2 em ColôniaFoto: AP

Kölner Stadt Anzeiger

"Os mágicos despreocupados", é a manchete do jornal de Colônia sobre o jogo Brasil x Japão. "Apesar da superioridade, o Brasil não conseguiu bater o Japão e vai para a semifinal com um 2 a 2. As duas equipes esforçaram-se, sobretudo, com dribles, danças e velocidade com a bola. Mas o pentacampeão mundial não necessariamente dominou essa arte muito melhor do que o desafiante da Ásia. O resultado fala por si."

Der Spiegel

"O adversário de Klinsmann na semifinal, o Brasil, novamente não convenceu no empate com o Japão", comenta o semanário alemão, que dá destaque a uma declaração de Zico: "Jogamos pela vitória, mas um gol claro não foi dado". Der Spiegel acrescenta também a expectativa do técnico alemão Jürgen Klinsmann em relação à semifinal: "Após a Argentina, o Brasil é o próximo grande desafio para a nossa seleção. Com todo o respeito pelo Brasil, nós só temos uma meta: queremos ir para a final."

Frankfurter Allgemeine Zeitung

"O anúncio de Carlos Alberto Parreira, de dar uma pausa para reflexão às estrelas do meio-campo, depois do fiasco contra o México, não passou de retórica. Ronaldinho e Kaká jogaram desde o início e deixaram lampejar um pouco da classe que se espera deles. (...) Os rápidos asiáticos não mostraram qualquer respeito diante do grande nome do adversário e procuraram a ofensiva. Os 11 de Parreira, repetidamente, fizeram pausas artificiais, quebrando o ritmo do jogo e deixando a iniciativa para o asiáticos."

Kicker

A principal revista de futebol da Alemanha comenta: "O quarteto mágico – Kaká, Ronaldinho, Robinho e Adriano – foi muito criticado depois do jogo contra o México, por sua falta de criatividade e por tentar levar a bola ao gol pelo meio. Em Colônia, eles convenceram o técnico do contrário. A seleção brasileira cintilava de alegria pelo jogo e esforçou-se claramente para apagar a má impressão deixada no confronto contra o México. Jogadas pelas pontas, toques de bola diretos e a generosidade da defesa japonesa permitiram ao campeão mundial um bom jogo ofensivo, que rendeu logo a liderança no placar. O magro empate de 2 a 2 no final deveu-se ao fraco setor defensivo e não a problemas de ataque."

Süddeutsche Zeitung

"Eles dançam apenas durante um tempo de jogo", é a manchete do Süddeutsche Zeitung, de Munique. "O Brasil consegue apenas um 2 a 2 e é obrigado a tremer muito no final. (...) Pôde-se admirar um jogo solto, ofensivo, em que o Brasil, como ocorre freqüentemente, relaxou o trabalho de defesa. (...) O jeito como os brasileiros se salvaram nos acréscimos foi tudo menos a pose de um campeão mundial. Como teria sido o jogo se o primeiro gol do Japão – em que o árbitro foi o único no estádio a ver impedimento – não tivesse sido anulado?", questiona o jornal.

Focus

Segundo a versão alemã da revista Época, "no jogo todo, parecia que o Brasil absolvia mais um treino em Colônia, mas no final ficou apertado. Talvez, os asiáticos pudessem ter feito mais, porque sobretudo por sua velocidade a equipe de Zico dificultou a vida das brasileiros. Aos brasileiros bastou sua incrível habilidade técnica para prosseguir no torneio".

Bild

"Na frente, açúcar; atrás o time de Parreira também balança", é a opinão do jornal mais lido na Alemanha, traçando um paralelo entre as defesas brasileira e alemã. "A defesa brasileira foi rompida, repetidamente, por jogadas rápidas, diretas, dos japoneses. O goleiro Marcos nem sempre mostrou segurança. Em termos de condicionamento, o Brasil parece agüentar 90 minutos de jogo a todo vapor. Talvez, a Alemanha realmente consiga derrotar os campeões mundiais no sábado. Contra eles, nós não precisamos tremer."