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Brasil acumula mais de 85 mil mortes por covid-19

24 de julho de 2020

Mais 1.156 mortes foram registradas nas últimas 24 horas. Total de casos da doença identificados chega 2,34 milhões, após a notificação de mais 55 mil diagnósticos com resultado positivo.

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Brasilien I Coronavirus
Foto: picture-alliance/E. Lustosa

Números do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados nesta sexta-feira (24/07) apontam que mais 1.156 mortes por covid-19 foram notificadas no Brasil nas últimas 24 horas.

Com isso, o total de óbitos pela doença oficialmente identificados chegou a 85.238, segundo atualização publicada às 18h (horário de Brasília).

O Brasil ainda registrou oficialmente mais 55.891 casos, elevando o total para 2.343.366. É o terceiro pior aumento diário desde o início da pandemia, ficando apenas atrás dos recordes de quarta-feira (67,8 mil) e quinta-feira (59,9 mil)

Diversas autoridades e instituições de saúde em todo o país, no entanto, alertaram que os números reais da doença devem ser maiores em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.

O Conass não informou o número de curados no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta sexta-feira, 1.592.281 já se recuperaram.

O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos de covid-19 oficialmente notificados. Só está atrás dos Estados Unidos, que na quinta-feira cruzaram a marca de 4 milhões de casos. 

Já a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes chegou a 40,6. Em número total de óbitos, o país ocupa a segunda posição no mundo – novamente atrás dos EUA, que acumulam mais de 144 mil mortes.

Já no cálculo levando em conta a população, o Brasil aparece em 12° – bem à frente de países vizinhos, como a Argentina (6,07) e o Uruguai (0,99). Na semana passada, o Brasil ultrapassou a Holanda e a Irlanda em número de mortes por 100 mil habitantes.

Nações europeias duramente atingidas pela doença, como o Reino Unido (68,64) e a Bélgica (85,90), ainda aparecem bem à frente, mas esses países começaram a registrar seus primeiros casos entre três e quatros semanas antes do Brasil, e o número de óbitos diários está caindo – no caso britânico, está na casa das dezenas, já a Bélgica tem registrado vários dias seguidos sem mortes. Os dois países também registrado apenas algumas centenas de novos casos da doença por dia.

Na semana passada, o Brasil completou dois meses sem um ministro da Saúde. O posto vem sendo ocupado interinamente desde 15 de maio pelo general Eduardo Pazuello, que não tinha experiência na área e indicou militares para quase todos os postos-chave do ministério. Na sua gestão, as mortes e novas notificações de casos dispararam no país. Foram quase 70 mil novos óbitos registrados desde que a pasta passou a ser gerida por Pazuello e outras dezenas de militares.

Na prática, o ministério, sob os militares, vem referendando sem questionamentos as diretrizes do presidente Jair Bolsonaro, que é contra medidas amplas de isolamento social e que promove a cloroquina como uma “cura” contra a covid-19, mesmo sem embasamento científico. Sob a intervenção pessoal de Bolsonaro e do Exército, o ministério também tentou esconder os números da pandemia no início de junho, mas voltou atrás após ordem do Supremo Tribunal Federal.

Segundo a Universidade Johns Hopkins, 636 mil pessoas já morreram de covid-19 no mundo. O número de casos identificados chega a 15,6 milhões em todo o planeta.

JPS/ots

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