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Boca de urna indica vitória de Mauricio Macri na Argentina

23 de novembro de 2015

Sondagens apontam vitória do opocisionista e líder da coligação "Cambiemos". Se confirmado, resultado significa o fim da era de 12 anos do kirchenerismo na presidência argentina. 78% do eleitorado comparece às urnas.

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Foto: picture-alliance/dpa/A. Velikzhanin

As primeiras sondagens de boca de urna divulgadas depois do fim da votação na Argentina, neste domingo (22/11), apontaram a vitória eleitoral do candidato da oposição, Mauricio Macri, líder da coligação "Cambiemos" (Mudemos). Caso seja confirmado, o resultado significa o fim da era de 12 anos do kirchenerismo na presidência argentina.

As sondagens, realizadas nos colégios eleitorais pelos meios de comunicação C5N, América, Crónica TV e os jornais Clarín e La Nación, indicaram somente a tendência e não o percentual de votos – uma lei eleitoral proíbe a publicação de estatísticas até a divulgação dos primeiros resultados provisórios oficiais. No entanto, o Clarín cravou uma vantagem de entre 6 a 20 pontos percentuais para o oposicionista Macri frente ao candidato governista Daniel Scioli.

Colaboradores da campanha eleitoral de Macri, atual chefe de governo da cidade de Buenos Aires, celebraram os resultados de boca de urna, mas mantiveram a cautela. "Estamos felizes com os resultados, mas temos de ir passo a passo", disse Marcos Peña perante centenas de simpatizantes. "Estamos muito felizes com o que aconteceu hoje na Argentina."

Já o chefe de campanha de Scioli, Alberto Pérez, afirmou que no segundo turno "venceu a democracia" e pediu para aguardar pelos resultados oficiais. "Ganhou a democracia, em poucas horas seremos capazes de saber quem é o próximo presidente", disse.

Ambos foram os mais votados no primeiro turno, realizado em 25 de outubro. Na época, no entanto, Scioli, que é o governador da província de Buenos Aires desde 2007, obteve o melhor resultado vencendo com 37% dos votos, três pontos a frente do amigo de longa data Macri, uma diferença muito menor que a prevista por todos os institutos. Isso fez com que a Argentina passasse por seu primeiro segundo turno da história. O sistema foi implementado em 1994.

Caso a contagem dos votos confirme Macri como novo presidente da Argentina, será a primeira vez, desde que se instituiu o voto, em 1916, que um candidato civil que não pertence nem ao partido peronista nem ao radical socialdemocrata, as duas grandes forças populares, a vencer em 100 anos de vida política na Argentina.

Segundo as autoridades argentinas, 78% do eleitorado argentino – que soma um pouco mais de 30 milhões de pessoas – compareceu às urnas num dia de votação que transcorreu normalmente em todo o país. O número, no entanto, é menor do que o do primeiro turno, quando houve participação de 82%.

O ganhador da eleição presidencial assumirá o governo em 10 de dezembro, depois de 12 anos de governos da família Kirchner: Néstor Kirchner, morto em 2010, governou entre 2003 e 2007 e foi sucedido por sua esposa, Cristina Kirchner.

PV/dpa/efe/ots