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BIOTERRORISMO

5 de março de 2005

Bioterrorismo e o papel dos terroristas, os orgânicos, a situação das orquestras, a literatura alemã e seus personagens foram os temas abordados por nossos usuários esta semana.

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Foto: AP

A impressão que eu tenho é que a obtenção de microorganismos perigosos requer uma qualificação técnica tão alta e custos de manipulação tão enormes que nenhuma organização terrorista de fundo de quintal teria sucesso em manipular microorganismos sem infectar a si própria.
Lyndon C. Storch Jr

DEBATE SOBRE O TERRORISMO


Lendo a matérias "Terroristas se suicidam na prisão" e "Vilões na história, heróis na arte?", tomei conhecimento detalhado do que era a RAF e do episódio envolvendo os suicídios dos principais líderes. Sinceramente não lembro de uma abordagem mais detalhada sobre o assunto por parte da mídia brasileira. Ainda mais quando vejo numa das matérias a citação de que o grupo havia se inspirado nas táticas de guerrilha urbana de Carlos Marighella, famoso líder político assassinado durante o período em que estava na guerrilha.
O que é interessante trazer para o debate, daí talvez o interesse do cinema, é a questão ideológica e as causas que levaram, e levam até hoje, pessoas a empreender ações dessa natureza. Numa época em que se debate o neoliberalismo, o poder da mídia, a existência de um pensamento único, onde a história, os movimentos sociais e de trabalhadores são tidos como passado, certamente causa estranheza a alguns jornalistas ou intelectuais o fato de que pessoas ainda se mobilizem de forma tão radical.
O fato é que o mundo não melhorou. Ficou pior em vários aspectos, como desemprego, violência, poluição, etc. Seria então uma incoerência dessas pessoas que atualmente integram grupos terroristas praticar esses atos? Isso num mundo onde o fluxo de capitais se tornou mais importante do que milhares de vidas. Mas, apesar de utilizarem métodos violentos, que não se justificam, são realmente vilões?
No Brasil, esses grupos lutaram contra um governo ditatorial, que torturou, matou e causa até hoje sérios problemas sociais. A violência policial é uma herança desse período. Podemos chamar Al Zarkawi e os grupos iraquianos de terroristas, quando estes lutam pela independência do seu país? Foram eles que invadiram, bombardearam, mataram, alegando a existência de armas de destruição em massa? Na mesma situação estão os palestinos, que lutam há décadas para reaver o seu território e conseguir um pouco de dignidade.
O fato é que situações adversas podem levar ao extremos. As pessoas podem se cansar de apanhar ou perder seus entes queridos. Isso leva à radicalização, já que o Estado e as demais instituições não conseguem suprir as suas necessidades.
Acredito sinceramente que o papel dos grupos terroristas merece uma análise mais detalhada da lógica em que se encontram. Classificá-los de criminosos é um reducionismo que conduz a erros, como aconteceu no Brasil, onde pessoas foram torturadas e mortas em nome da segurança de um Estado ilegítimo.
Erick Schunig

ORGÂNICOS


Moro no Estado do Paraná, o grande produtor de orgânicos do Brasil. O Paraná tem uma das terras mais ricas do mundo, mas, como sempre, as multinacionais combatem os produtos orgânicos com todos as armas que possuem (dólares). A mídia só promove os transgênicos...
Zeno José Otto

ORQUESTRAS

Enviei esta matéria para uma lista de discussão brasileira. Recentemente a Fundação Padre Anchieta suprimiu a Sinfonia Cultura, o que gerou um grande movimento de protestos de músicos e compositores em São Paulo e outros estados. Eu havia escrito um texto sobre o problema das orquestras em todo o mundo, fazendo referência, entre outros, à situação na Alemanha. Esta matéria de vocês é bastante pertinente. Parabéns. Seria bom divulgar no Brasil.
Paulo Chagas

Eu sou músico violinista, toco numa orquestra de câmara em Porto Alegre. É muito complicado se dedicar exclusivamente à música aqui no Brasil, pois há poucas orquestras para trabalhar, pouco salário nas orquestras que existem e aqui não é levado em conta o talento real do músico, e sim as relações pessoais com os "cartolas", sejam maestros, diretores artísticos ou qualquer outra pessoa influente.
Huberto Mayer

CIÊNCIAS HUMANAS NO BANCO DOS RÉUS


Filosofar é tão inútil como existir, pode parecer, mas, ao opinar contra a Filosofia, já estão fazendo filosofia, ainda que pessimamente. Sou professor de Filosofia e de Direito e sei que esta é uma questão que está sempre presente, a do perigo de se achar que as ciências humanas são inúteis. O que não sabia é que no "país da filosofia", a Alemanha, fosse tão grave assim. Ao menos nisso Brasil e Alemanha estão iguais.
João Bosco da Encarnação

LITERATURA ALEMÃ


Li algumas dezenas de obras de escritores de língua alemã. Julgo bastante ricas as letras germânicas e de proeminência na literatura mundial. Penso ser necessário o incremento das traduções do alemão para o português, inclusive em função do desconhecimento entre nós de muitos autores – do passado e do presente – com trabalhos de alto nível. Até algumas décadas atrás, editoras como a Herder, a Melhoramentos e a Vozes, tinham certa preocupação em publicar no Brasil livros relevantes cujos originais foram concebidos na língua alemã. Atualmente existem lacunas enormes a ser preenchidas e, quando menciono tal coisa, me refiro não apenas às traduções de textos literários, mas também àqueles voltados a diversas outras esferas da cultura e da produção de conhecimentos.
Roberto H. G. Eppinghaus

FRIEDRICH VON SCHILLER


Sou estudioso da obra de Friedrich von Schiller, em especial Die Ästhetische Erziehung des Menschen. Escrevi um ensaio O Fragmento e a Síntese, para divulgar e gerar interesse acadêmico sobre o gênio de Marbach. Infelizmente Schiller está esquecido no Brasil. Gostaria de enviar um volume do livro a vocês e sugerir mais matérias sobre a obra poética, dramatúrgica e filosófica do gênio, quando o mundo deveria lembrá-lo nos 200 anos de morte.
Prof. Dr. Jorge Anthonio e Silva

MORADA DE UM GÊNIO


Ao afirmar que mil homens não teriam tempo de conhecer os mais belos lugares do mundo, Rimbaud lançou um consolo a nós, pobres mortais. Uma Europa distante reserva inúmeros endereços que serviriam de enriquecedores de almas àqueles que ali pudessem encaixar suas pegadas às de gênios. À distância, eles já são gigantes em nossos imaginários. Estando lá, esses gênios devem aparecer camuflados em algum ângulo do céu. De lá, Schiller e Goethe devem acenar para quem os visita. Um convite melhor que este, não há outro.
Walmor Parente

ANALFABETISMO


Lendo a noticia sobre o analfabetismo na Alemanha, apesar de os números serem mais baixos que aqui no Brasil, assusta, pois uma nação que se reergueu após o último conflito mundial, em um trabalho brilhante, não poderia chegar a estes números, deixando os seus cidadãos à mercê deste mal que é o analfabetismo. Se ele já é terrível em nosso país, imagine em outros, pois o cidadão sente-se "desalinhado" com as outras pessoas. Estudo a língua alemã aqui no Brasil há um ano e se eu sinto dificuldades sendo de outro país, imagine quem é da própria pátria ter que conviver com este estigma.
Marco Antonio da Silva

CALENDÁRIO HISTÓRICO


Não tenho ascendência alemã, mas sou admirador deste país e deste povo. Toda vez que entro na internet, não esqueço do site da Deutsche Welle. O Calendário Histórico é ótimo. Tinha ouvido muito falar da Ópera dos Três Vinténs, mas desconhecia a história do autor, Bertolt Brecht.
Agora conheci neste site mais uma grande figura humana e de imensa inteligência da Alemanha.
Aldecy Mendes de Vargas (Rio Grande do Sul)