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Bayer faz parceria para comercializar concorrente do Viagra

Neusa Soliz15 de novembro de 2001

A GlaxoSmithKline ajudará a Bayer a distribuir seu novo remédio contra a impotência, Vardenafil, para o qual já foi solicitada licença nos EUA e outros países.

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A indústria farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK) participará da comercialização do novo produto contra a impotência que a Bayer irá lançar dentro em breve, anunciou a GSK, hoje em Londres. A Bayer produzirá o concorrente do Viagra, Vardenafil, mas a sua distribuição ficará a cargo das duas redes, a própria e a da GSK. Graças a essa parceria, as duas empresas químico-farmacêuticas economizarão custos de desenvolvimento e marketing.

Ao entrar no mercado de medicamentos contra a impotência, ambas têm em vista principalmente o mercado norte-americano. A gigante alemã com sede em Leverkusen apresentou o Vardenafil para a apreciação das autoridades estadunidenses em 24 de setembro e só conta com sua liberação no segundo semestre de 2002. A Bayer também solicitou a aprovação do remédio no México e no Canadá e, segundo a GSK, entrará em dezembro com um pedido de licença para o mercado europeu.

Vardenafil não é o primeiro concorrente que terá o Viagra, fabricado pelo grupo norte-americano Pfizer. A empresa americana Eli Lilly também pretende lançar seu produto, Cialis, no ano que vem. O mercado mundial de medicamentos para aumentar a potência sexual movimentou 1,4 bilhão de dólares em 2000.

Nova esperança após escândalo do Baycol - O novo medicamento poderá ajudar o grupo químico alemão a sair das dificuldades que enfrenta desde que retirou de circulação o remédio contra o colesterol Lipobay/Baycol, que se supõe ter provocado a morte de cerca de 50 pessoas em vários países, quando tomado juntamente com outras substâncias. Essa advertência constava da bula do medicamento.

Nos Estados Unidos foram apresentadas 160 queixas exigindo indenização da Bayer, informou, na quarta-feira (14), o presidente do grupo, Manfred Schneider, em Leverkusen, ao apresentar o balancete do último trimestre. Somente a suspensão das vendas do Lipobay/Baycol causou um rombo de 900 milhões de euros (dois bilhões de reais) nas finanças da empresa. Por causa desse medicamento e da desaceleração mundial da conjuntura, a Bayer teve um prejuízo de 183 milhões de euros ( 408,5 milhões de reais) no terceiro trimestre.

Prejuízos sem precedentes - Essa foi a primeira vez que o grupo alemão fechou um trimestre com números negativos em toda a sua história. Os prejuízos com o Lipobay não puderam ser compensados nem mesmo com a forte demanda do medicamento contra antraz, Cipro. Faltando seis semanas para o encerramento do ano, o presidente da empresa afirma que "2001 é um dos anos mais difíceis dos últimos tempos para todas as empresas, não apenas para a Bayer".