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Banco Mundial será dirigido por médico indicado pelos EUA

16 de abril de 2012

Nascido na Coreia do Sul e naturalizado norte-americano, Jim Yong Kim não foi escolhido por unanimidade, mas confirmou a tradição de norte-americanos no comando do Banco Mundial.

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Foto: Reuters

O médico Jim Yong Kim foi escolhido nesta segunda-feira (16/04) para a presidência do Banco Mundial. Nascido na Coreia do Sul e naturalizado norte-americano, Kim, 52 anos, desbancou a respeitada ministra nigeriana de Finanças, Ngozi Okonjo-Iweala, contando com o apoio de Estados Unidos, Japão, Canadá, Europa Ocidental e de algumas economias emergentes, como Rússia, México e Coreia do Sul.

O terceiro candidato ao posto, o economista colombiano José Antonio Ocampo, desistira da disputa na última sexta-feira.

Além de manter a tradição de norte-americanos no cargo, a escolha de Kim colocou uma pedra sobre o questionamento dos países emergentes, que reclamam do processo de seleção para o mais alto cargo da instituição. O nome do médico, que toma posse no dia 1º de julho, não foi unanimidade na votação.

"Os finalistas receberam apoio de diferentes países-membros, o que refletiu o alto calibre dos candidatos", afirmou o Banco Mundial ao anunciar a decisão dos 25 integrantes de seu Conselho Executivo. Kim substituirá Robert Zoellick, que comandou a instituição durante cinco anos.

A escolha de Kim, um médico pioneiro no tratamento de aids e tuberculose em países subdesenvolvidos, marca uma quebra na sequência de presidentes do Banco Mundial com carreiras nas áreas da política, economia e justiça. Por sua falta de experiência na área, alguns críticos classificaram a escolha de Kim como "arriscada".

O Banco Mundial levanta recursos junto a seus 187 países-membros e pede emprestado a investidores para proporcionar empréstimos de baixo custo a países em desenvolvimento.

Experiência em países em desenvolvimento

Kim estudou na prestigiada Universidade Brown, na Escola de Medicina de Harvard e fez um doutorado em Harvard em Antropologia.

O presidente designado do Banco Mundial trabalhou no Peru nos anos 1990, para desenvolver um tratamento em larga escala de combate à tuberculose, sendo pioneiro em um programa hoje adotado por 40 países. Entre 2003 e 2007, ele liderou uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde para levar medicamentos antiretrovirais a 3 milhões de pacientes HIV positivo em países em desenvolvimento.

Durante sua campanha para o cargo, Kim disse que sua experiência científica vai ajudá-lo a fazer com que o Banco Mundial compreenda melhor as necessidades dos países em desenvolvimento. "Chegarei com a mente aberta e aplicarei minha formação médica e social-científica para fazer a abordagem baseada em evidências", afirmou em um comunicado assim que recebeu a indicação do presidente dos EUA, Barack Obama, para o cargo.

MSB/afp/rtr/ap
Revisão: Roselaine Wandscheer