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Bélgica anuncia novas medidas antiterrorismo

19 de novembro de 2015

Em reação ao papel de cidadãos bolgas nos atentados em Paris, o governo do país pretende endurecer legislação para prender jihadistas que retornam da Síria. Bélgica destinará mais 400 milhões de euros para segurança.

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Premiê Charles Michel também rebateu as críticas contra as forças de segurança do paísFoto: Reuters/Y. Herman

Depois da direta conexão de cidadãos bolgas com os atentados em Paris, a Bélgica anunciou nesta quinta-feira (19/11) que disponibilizará 400 milhões de euros extras para o combate ao extremismo islâmico. O primeiro-ministro belga, Charles Michel, prometeu a repressão do terrorismo e rejeitou as críticas sobre a eficiência das forças de segurança do país.

Em discurso no Parlamento belga, Michel afirmou que o governo introduzirá leis que possibilitem a prisão de jihadistas que retornarem da Síria, o banimento de pregadores de ódio e o fechamento de locais de culto que não estiverem devidamente registrados.

"Também não aceito críticas que tentam denegrir nossos serviços de segurança, que fazem um trabalho duro", rebateu o primeiro-ministro, que mencionou "células franco-belgas" e se recusou a declarar que os ataques teriam sido planejados na Bélgica.

O distrito de Molenbeek, em Bruxelas, se tornou centro das investigações dos ataques em Paris, depois da descoberta de que dois dos terroristas envolvidos nos ataques de 13 de novembro viviam no local. De acordo com o presidente francês, François Hollande, os atentados foram planejados na Bélgica.

Ainda se defendendo das críticas, Michel ressaltou que os ataques planejados pelo grupo em Saint-Denis, em Paris, foram prevenidos graças à inteligência belga. "Gostaria de agradecer aos nossos magistrados, nossos agentes policiais e nossos serviços de inteligência pela sua coragem e mobilização. Obrigado pelas vidas que foram salvas", declarou.

Em reação aos ataques, o governo belga pretende ainda alterar a legislação para impossibilitar a venda anônima de chips de celular e permitir que a polícia realize buscas em residências em qualquer momento do dia ou da noite.

CN/rtr/afp