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Trabalho e família

(gh)20 de dezembro de 2006

Estudo revela que 25% das empresas do país já adotam medidas para facilitar a vida de quem concilia emprego com família. Mudança de mentalidade ocorre por interesses econômicos.

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Ursula von der Leyen: ainda há muito espaço para recuperarFoto: AP

Segundo dados do Instituto da Economia Alemã (IW) divulgados nesta terça feira (19/12) em Berlim, cerca de 25% das empresas alemãs já adotam normas como jornada flexível ou emprego compartilhado (job sharing) para facilitar a vida de funcionários que combinam o emprego com a dedicação à família.

Há três anos, este índice era de apenas 10%. Hoje, 15% das empresas chegam a adotar entre dez e 12 medidas que favorecem a atividade profissional de pais com filhos pequenos. Em 2003, esse percentual era de escassos 4%. Cerca de 3% das empresas ainda não adotam tais medidas – há três anos eram 20%.

Segunda a ministra da Família, Ursula von der Leyen, as empresas perceberam que "uma partilha inteligente da jornada de trabalho dá mais resultado do que um esquema rígido de presença constante no emprego. Mas ainda há muito terreno a recuperar", disse.

Setenta e dois por cento dos executivos entrevistados na pesquisa consideraram importante para a empresa a conciliação entre trabalho e família. Num levantamento semelhante feito em 2003, esse índice foi de 47%.

Interesses econômicos

Symbolbild Frau und Beruf
Teletrabalho é uma da medidas adotadasFoto: picture-alliance / dpa/dpaweb

Dos 1.100 executivos entrevistados, 75% disseram que optaram pelas regras favoráveis à família para manter a mão-de-obra qualificada, elevar o grau de satisfação dos funcionários no emprego, diminuir o número de faltas por motivos de saúde e aumentar a motivação e a produtividade.

O presidente da Federação dos Empregadores Alemães (BDA), Peter Dieter Hundt, disse que a pesquisa comprovou uma mudança na consciência do empresariado. "Propiciar melhores condições para funcionários com família – o termo em alemão é Familienfreundlichkeit – tornou-se uma questão central da política de recursos humanos", afirmou.

O diretor do Instituto da Economia Alemã, Michael Hütter, atribuiu a mudança de mentalidade do empresariado à "crescente competitividade por funcionários talentosos. Reconhece-se cada vez mais que Familienfreundlichkeit é um fator econômico".

A pesquisa foi encomendada ao IW pelo Ministério da Família e pelas principais entidades empresariais da Alemanha. Foram consideradas firmas favoráveis à família aquelas que oferecem, entre outras vantagens, jornadas flexíveis, teletrabalho e horários de trabalho acertados por "acordos de confiança mútua".

Também serviços como assessoria jurídica, creche na empresa, cursos de qualificação para os pais em "licença família" e programas para retorno ao emprego foram considerados no levantamento.