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Protestos na Síria

4 de novembro de 2011

França diz que mortes após o acordo sobre plano de paz fechado com a Liga Árabe colocam em questão a credibilidade do governo sírio. Cidadãos são encorajados a se entregar em unidades policiais com promessa de anistia.

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In this citizen journalism image made on a mobile phone and provide by Homs Quarters Union, anti-Syrian President Bashar Assad protesters, march during a demonstration against the Syrian regime, in Homs province, Syria, on Friday, Sept. 30, 2011. Syrian security forces opened fire on protesters Friday as thousands rallied across the country to call for the downfall of President Bashar Assad's regime, activists said. Troops also clashed with armed anti-regime forces in central regions. (Foto:Homs Quarters Union/AP/dapd) EDITORIAL USE ONLY, NO SALES, THE ASSOCIATED PRESS IS UNABLE TO INDEPENDENTLY VERIFY THE AUTHENTICITY, CONTENT, LOCATION OR DATE OF THIS HANDOUT PHOTO
Protestos ainda são reprimidos com violênciaFoto: dapd

Forças de segurança sírias mataram pelo menos 14 pessoas e feriram dezenas durante protestos contra o regime do presidente Baschar al-Assad, nesta sexta-feira (04/11), nas cidades de Kanaker, Homs e Saqba. As informações são de ativistas contrários ao regime. As mortes acontecem dois dias após Assad ter chegado a um acordo com a Liga Árabe para acabar com a repressão violenta às manifestações antigoverno.

No acordo divulgado na quarta-feira, a Liga Árabe concedeu prazo de duas semanas para o governo sírio retirar o Exército das ruas e libertar cidadãos presos durante as manifestações. Conforme ativistas, porém, até o momento, o governo sírio ainda não realizou qualquer progresso. O ministério do Interior da Síria pede aos cidadãos que entreguem suas armas nas unidades policiais, prometendo que irá liberar todos que não tenham cometido crimes contra a vida.

"A repressão contínua apenas pode fortalecer as dúvidas da comunidade internacional sobre a sinceridade do regime sírio para implementar o plano de paz da Liga Árabe", disse o porta-voz do Ministério do Exterior francês, Romain Nadal. Ele acrescentou que tem notícias de 20 pessoas mortas em protestos pacíficos também na quinta-feira.

Plano apresenta falhas

Ativistas informam que desde a assinatura do acordo, as tropas do governo já mataram cerca de 35 pessoas. A mídia estatal síria sinaliza que as informações sobre mortes após o acordo com a Liga Árabe são falsas.

No entanto, um porta-voz do movimento de contestação disse à agência de notícias DPA que o acordo não interrompeu a violência. "A situação ficou até mesmo pior. Isto é uma revolução suicida porque ninguém nos ajuda", disse o ativista por telefone.

A cidade de Homs é o centro das manifestações contra o regime. Ativistas disseram que, na quinta-feira, franco-atiradores abriram fogo contra manifestantes, matando 22 pessoas no centro da cidade. A violência na região, onde tanques de combate estão sendo usados contra alvos civis pelo segundo dia consecutivo, ilustra como será difícil a implementação do plano de paz.

Segundo diplomatas, o acordo entre Assad e a Liga Árabe também careceria de prazos claros para que o governo cumpra seus compromissos. As Nações Unidas divulgam que mais 3 mil pessoas morreram desde março, devido à repressão contra os protestos na Síria.

MP/rtr/afp/dpa
Revisão: Carlos Albuquerque