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Atirador de Fort Lauderdale pode ser condenado à morte

8 de janeiro de 2017

Ex-militar de 26 anos atirou contra passageiros em aeroporto na Flórida, matando cinco pessoas. Autoridades tentam esclarecer motivo dos disparos. Agressor, que havia buscado assistência psicológica, planejou o ataque.

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Esteban Santiago
Esteban Santiago se entregou à polícia após o ataqueFoto: Reuters/Broward County Sheriff's Office

O veterano da Guerra do Iraque acusado de matar cinco pessoas e ferir outros seis no aeroporto de Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, foi formalmente acusado neste sábado (07/01) e pode ser condenado à morte.

Esteban Santiago, de 26 anos, disse aos investigadores que planejou o ataque, comprando uma passagem para Fort Lauderdale, na Flórida, segundo uma fonte local. Ainda não foi esclarecido o motivo da escolha do aeroporto para o ataque, e as autoridades não descartam a possibilidade de terrorismo.

Santiago foi acusado de um ato de violência que resultou em morte, que pode implicar pena capital, e porte ilegal de arma.

"As acusações de hoje representam a gravidade da situação e refletem o compromisso das autoridades federais, estaduais e locais com a proteção contínua da comunidade e a aplicação da lei àqueles que têm nossos moradores e visitantes como alvo", disse o procurador da Flórida Wilfredo Ferrer.

Durante uma coletiva de imprensa, as autoridades disseram ter interrogado cerca de 175 pessoas, incluindo o próprio Santiago, que atuou como soldado da Guarda Nacional no Alasca. Ele falou durante horas e se mostrou disposto a colaborar com os investigadores.

No ataque, Santiago sacou uma pistola semiautomática e abriu fogo na área de retirada de bagagens do terminal 2. Ele se entregou à polícia logo depois, sem oferecer resistência. 

Motivação e problemas psicológicos

Os investigadores estão vasculhando redes sociais e outras fontes de informação para tentar determinar a motivação de Santiago para o ataque. Segundo George Piro, agente do FBI, ainda é cedo para dizer se o incidente teve um fundo terrorista.

Em novembro passado, Santiago foi a um escritório do FBI no Alasca e disse que o governo americano estava controlando a mente dele e forçando-o a assistir a vídeos do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI). "Isso é algo que acontece nos escritórios do FBI pelo país todos os dias", afirma Marlin Ritzman, agente do FBI.

Santiago não havia sido incluído na lista dos EUA de pessoas proibidas a voar e aparentemente atuou sozinho, segundo as autoridades. Santiago, que está sob custódia, deve comparecer a um tribunal nesta segunda-feira.

O jovem havia sido dispensado da Guarda Nacional no ano passado, após ser rebaixado por desempenho insatisfatório. O irmão do ex-militar disse que Santiago havia pedido ajuda psicológica, mas recebeu pouca assistência. Em agosto passado, ele afirmou que ouvia vozes.

Nos EUA, passageiros de avião podem transportar armas de fogo e munição contanto que estas sejam colocadas na mala a ser despachada e não na de mão, além de estarem descarregadas e trancadas em um recipiente rígido. As armas devem ser declaradas à companhia aérea no balcão de check-in.

Apesar de o aeroporto de Fort Lauderdale ter voltado a operar neste sábado, o terminal 2, onde o ataque aconteceu, permanece fechado neste domingo.

LPF/ap/lusa