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Arábia Saudita anuncia fim de bombardeios no Iêmen

21 de abril de 2015

Aliança militar liderada pelo Exército saudita dará início a nova fase da operação para impedir o avanço dos rebeldes houthis e proteger civis. Retomada de ataques aéreos contra a milícia, porém, não está descartada.

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Jemen Luftangriff auf Sanaa
Foto: Reuters/K. Abdullah

Após quatro semanas, a Arábia Saudita anunciou nesta terça-feira (21/04) o fim dos bombardeios contra os rebeldes houthis no Iêmen. Segundo o Ministério da Defesa, as ameaças ao reino e a países vizinhos foram minimizadas, e a operação entrará agora numa nova fase.

O general Ahmed Asiri, porta-voz da coalizão responsável pelos bombardeios, afirmou que conseguiu-se destruir posições-chave dos rebeldes, com a eliminação de armas pesadas e mísseis.

A partir desta quarta-feira, a coalizão dará início a uma nova operação, chamada "Recuperação da esperança". Ela terá o objetivo de impedir os avanços do movimento rebelde xiita Houthi, proteger civis e apoiar os esforços de evacuação e ajuda humanitária.

"Para implementar isso nós vamos continuar a realizar a nossa operação. Dentro de uma cidade como Áden vamos continuar protegendo os civis para evitar as operações das milícias", afirmou Asiri, se referindo à cidade portuária no sul do país, epicentro dos combates entre a coalizão e os rebeldes.

Apesar de anunciar o fim dos ataques aéreos, as forças terrestres e navais da Arábia Saudita vão continuar protegendo a fronteira com o Iêmen e bloqueando a transferências de armas para os rebeldes. Asiri não descartou o retorno, no futuro, dos bombardeios aéreos contra a milícia xiita.

Os rebeldes houthis conquistaram partes do território iemenita desde que entraram na capital, Sanaa, em setembro de 2014, e forçaram o governo a fugir. O caos aumentou em 26 de março, quando a coalizão liderada pela Arábia Saudita iniciou a ofensiva aérea para travar o avanço dos rebeldes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até o momento 944 pessoas morreram no Iêmen. A agência da ONU alerta que os serviços de saúde no país estão à beira de um colapso, já que suprimentos médicos essenciais estão se esgotando.

FC/afp/dpa/rtr/efe