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EUA aprovam licença para reatores nucleares

10 de fevereiro de 2012

Pela primeira vez em 30 anos, os EUA voltam a autorizar a construção de reatores nucleares. Presidente Obama é defensor deste tipo de energia. Mesmo após a catástrofe de Fukushima, país aposta no "renascimento nuclear".

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Foto: picture-alliance/dpa

Pela primeira vez desde o grave acidente nuclear na usina de Three Mile Island, na Pensilvânia em março de 1979, a Comissão Reguladora Nuclear (NRC, do inglês) aprovou nesta quinta-feira (9/02) a licença para a construção de dois novos reatores nucleares, que poderão entrar em funcionamento a partir de 2016.

As licenças foram emitidas para a empresa Southern Company ampliar sua planta de Vogtle no estado da Geórgia. Segundo seu presidente, Thomas Fanning, o projeto de 14 bilhões de dólares poderá gerar até 25 mil novos empregos.

O presidente norte-americano, Barack Obama, defende a energia nuclear mesmo após a catástrofe atômica na cidade japonesa de Fukushima, em 2011. Segundo ele, a energia nuclear nos Estados Unidos pode diminuir a dependência do país da importação de petróleo.

Além disso, a produção de energia nuclear diminui a liberação dos gases de efeito estufa, defende Obama, que pleiteia um "renascimento nuclear". Mas segundo o jornal Washington Post não há indícios para isso, pois quase todos dos 30 projetos planejados estão suspensos devido aos altos custos das obras e o baixo preço do gás natural.

Opinião crítica

Atualmente há nos Estados Unidos cerca de 100 reatores nucleares em 60 usinas, parte deles funcionando há várias décadas. As usinas fornecem cerca de um quinto da eletricidade consumida nos Estados Unidos. O governo norte-americano analisa 20 outras solicitações para a construção de reatores.

Entre os críticos à construção de novas usinas nos Estados Unidos está Greg Jaczko, o presidente da Comissão Reguladora Nuclear do país. Ele defende que primeiramente devem ser esclarecidas questões de segurança, para evitar o aconteceu em Fukushima. Na votação da comissão reguladora, Jaczko foi o único que votou contra. Quatro votos foram a favor da construção das usinas.

BR/dpa/dapd/afp
Revisão: Roselaine Wandscheer