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Após desastre, agência sugere controle de aviões em solo

15 de abril de 2015

Autoridade alemã de segurança aérea pede que indústria da aviação desenvolva sistema para pilotar aeronaves de passageiros remotamente, em caso de emergência. Tecnologia evitaria tragédia como a da Germanwings.

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Foto: picture-alliance/dpa/Jason Calston/Airbus

A Agência de Segurança Aérea alemã (DFS) pediu nesta quarta-feira (15/04) que a indústria da aviação desenvolva uma tecnologia para que pessoas em terra, em casos de emergência, possam assumir o controle de um avião. O sistema poderia evitar a repetição da tragédia que envolveu uma aeronave da Germanwings no mês passado.

"Nós temos que pensar além da tecnologia de hoje. Eu não diria que é a solução mais simples", afirmou Klaus-Dieter Scheurle, diretor da DFS. "Tal evento [queda do avião da Germanwings] pode nos levar a reconsiderar os sistemas que permitem o controle de uma aeronave por pessoal em solo, em situações de emergência."

Ele lembrou que a tecnologia para pousar um aparato desde a terra já existe e é aplicada em drones. Porém, seria necessário uma década para que o sistema fosse adaptado para aviões de passageiros.

Scheurle afirmou que é necessário mudar o programa de voo do avião, o que poderia ser feito a partir do solo ou de um caça para, em seguida, direcionar o avião para uma rota segura com o objetivo de pousá-lo no aeroporto mais próximo.

Com o mesmo objetivo foi colocado em prática entre 2006 e 2009 um projeto na Europa chamado Sofia ("Safe automatic flight back and landing of aircraft" ou, em português, "Voo de regresso e aterrizagem automática de um avião").

Os estudos para a tecnologia foram iniciados após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 e, por meio de um simulador, eram testadas possibilidades de aterrizagem desde a terra. O sistema, porém, não foi experimentado em aviões reais.

O Airbus 320 da Germanwings, que fazia a rota entre Barcelona e Düsseldorf, caiu no dia 24 de março e deixou 150 mortos. As investigações e dados das caixas-pretas mostram que o acidente foi uma ação deliberada do copiloto do avião, Andreas Lubitz.

FC/ap/rtr/efe