Alterado, Brasil tenta evitar novo vexame
22 de junho de 2005Derrotado por 1 a 0 pelo México, o Brasil resolveu mudar suas peças para enfrentar o Japão a partir das 15h45 (Brasília) desta quarta-feira (22/6), em Colônia, em jogo decisivo pela Copa das Confederações.
Assim, Carlos Alberto Parreira tenta evitar a repetição do vexame de 2001, quando o país foi eliminado na fase de classificação sob o comando de Emerson Leão.
Os brasileiros precisam de um empate para chegar à semifinal como segundo colocados do grupo B, o que reservaria um confronto com a Alemanha, vencedora da chave A.
Para enfrentar a Argentina, segunda colocada do outro grupo, a seleção canarinho precisa, além de vencer os japoneses, torcer pela Grécia no duelo com o México.
Principalmente sob a alegação de que precisa "observar alguns jogadores", Parreira resolveu substituir vários atletas. Mas admitiu: "Precisamos vencer. Se perdemos para o Japão estamos fora. Um treinador precisa assumir as suas responsabilidades, por isso mudei o time após a derrota".
Há quatro anos, com um "time deconhecido", o Brasil empatou com os próprios japoneses e foi derrotado pela Austrália, o que rendeu a Leão uma demissão ainda no aeroporto, antes do embarque de volta para casa.
Desta vez, Marcos joga na vaga de Dida, Léo entra na lateral no lugar de Gilberto, e o meio-campo provavelmente terá Gilberto Silva, Renato, Juninho e Edu ao invés de Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Emerson e Zé Roberto. No ataque Adriano dá chance a Ricardo Oliveira mostrar que pode ser melhor do que o jogador da Inter.
"Devido ao estilo dos nossos jogadores, tendemos a jogar muito pelo meio, e eu acho que precisamos produzir um futebol mais aberto, usando as laterais. O Ronaldinho, por exemplo, não está jogando como há três meses", explicou Parreira.
Sem medo
Calma. Isso é tudo o que Zico pediu aos japoneses na prévia do jogo mais importante da equipe no torneio intercontinental. Ele garante que os orientais não temem o Brasil, mas está preocupado com a ansiedade de seus atletas em momentos decisivos do jogo.
O Japão, apesar de ter vencido a Grécia por 1 a 0 na última rodada, falhou muito no último passe e nas conclusões em gol.
"Nós jogamos bem e com velocidade, mas o problema é que não estamos marcando gols", disse o técnico brasileiro. "Toda vez que os jogadores estavam próximos do gol, podíamos vê-los em pânico. Eles precisam se acalmar".
"Estou confiante para o jogo contra o Brasil. Precisamos manter nosso estilo de jogar. E é muito importante manter também o nosso espírito e acreditar que podemos vencer", completou Zico.
O goleiro Yoshikatsu Kawaguchi demonstra o mesmo entusiasmo do chefe. Chegou, até, a lembrar a vitória japonesa sobre o Brasil nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, o que ficou conhecido como "Milagre de Miami".
"Foi o melhor jogo da minha vida, e não sei se terei um outro dia como aquele. Mas nesta quarta espero estar inspirado como daquela vez e fazer um bom papel", argumentou.
JAPÃO x BRASIL
Data: 22/6/2005 (Quarta-feira)
Local: Estádio de Colônia
Horário: 15h45 (Brasília)
Japão
Kawaguchi; Tanaka, Kaji, Miyamoto e Alex; Nakata, Nakamura, Fukunishi e Ogasawara; Yanagisawa e Tamada
Técnico: Zico
Brasil
Marcos; Maicon (Cicinho), Lúcio, Roque Jr. (Juan) e Léo; Gilberto Silva, Renato, Juninho Pernambucano e Edu, Robinho e Ricardo Oliveira
Técnico: Carlos Alberto Parreira