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Aliados dos houthis aceitam cessar-fogo saudita no Iêmen

10 de maio de 2015

Tropas iemenitas que lutam ao lado dos rebeldes concordam com trégua humanitária proposta pela Arábia Saudita. Grupo xiita Houthi não oficializa acordo, mas diz apoiar "positivamente" qualquer ajuda ao povo iemenita.

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Foto: picture-alliance/AP Photo/H. Jamali,

Tropas aliadas ao grupo xiita Houthi aceitaram, neste domingo (10/05), o cessar-fogo humanitário proposto pela Arábia Saudita durante a semana. A trégua no Iêmen começará na próxima terça-feira, confirmou um porta-voz das tropas iemenitas que lutam ao lado dos rebeldes.

"Seguindo a mediação de países amigos para estabelecer uma trégua humanitária que colocará um fim ao bloqueio tirânico e autoriza que navios comerciais alcancem portos iemenitas, anunciamos nosso acordo com o cessar-fogo humanitário", disse o porta-voz, coronel Sharaf Luqman, à agência de notícias iemenita Saba, que está sob controle dos houthis.

Segue incerto se os próprios houthis aceitam a trégua, embora uma declaração do grupo rebelde afirmasse que iriam lidar "positivamente" com quaisquer esforços para amenizar o sofrimento do povo do Iêmen.

A Arábia Saudita afirmou na sexta-feira que o cessar-fogo começaria na terça-feira, proporcionando aos doadores a chance de conseguir enviar o maior número de suprimentos humanitários para dentro do país, mas ressaltou que o plano não poderia ser efetuado sem um acordo com os rebeldes.

Uma coalizão de Estados árabes lançou uma campanha aérea contra os houthis em 26 de março. A ofensiva visa diminuir as capacidades militares dos houthis. A coalizão é apoiada ainda por Estados Unidos, França e Reino Unido.

Riad acusa Teerã de apoiar os rebeldes que conseguiram um significativo ganho territorial no empobrecido país do Oriente Médio, capturando a capital Sanaa e derrubando o internacionalmente reconhecido presidente do Iêmen, Abd Rabbuh Mansur al-Hadi, que fugiu do país no fim de março.

Os Estados sunitas do Golfo estão receosos com a crescente influência do Irã na região. Eles veem o avanço dos houthis no Iêmen como um movimento que ameaça os interesses sunitas regionais e geopolíticos.

Mais de 1.400 pessoas foram mortas no Iêmen desde o início da campanha saudita, de acordo com estimativa das Nações Unidas.

Residência de ex-presidente é alvo de ataque

Enquanto isso, a imprensa local informou neste domingo que os ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita bombardearam a residência do ex-presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, na capital Sanaa. Há indícios de que Saleh esteja residindo fora da cidade e, portanto, não ficou ferido no ataque.

Tropas leais ao ex-presidente têm desempenhado um papel significativo ajudando os houthis a capturar boa parte do país. Saleh governou o Iêmen, por três décadas, antes de ser forçado a renunciar em meio a uma revolta violenta em 2012.

PV/rtr/ap/afp