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Aliados aumentam pressão sobre EI na Síria e no Iraque

7 de fevereiro de 2015

Forças internacionais lançam dezenas de ataques aéreos em regiões estratégicas. Emirados Árabes enviam caças à Jordânia para ajudar na luta contra jihadistas. Encontrada vala com corpos de yazidis no norte do Iraque.

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Luftangriffe der USA gegen IS
Foto: picture-alliance/dpa/S. Nickel

As forças aliadas sob a liderança dos Estados Unidos intensificaram, pelo segundo dia consecutivo, os ataques aéreos em áreas controladas pelos extremistas do "Estado Islâmico" na Síria e no Iraque, informaram neste sábado (07/12) autoridades de segurança e ativistas. Foram 15 ataques em território iraquiano ocupado pelo EI e 11 em solo sírio.

Aviões de guerra dos países aliados, inclusive da Jordânia, bombardearam posições jihadistas na cidade de Mossul, norte do Iraque, enquanto tropas peshmerga atacaram os terroristas por terra, de acordo com um oficial curdo. A cidade é controlada pelo EI desde junho do ano passado e, desde janeiro, combatentes peshmerga vêm apertando o cerco contra os terroristas na cidade.

Segundo uma fonte militar curda, dezenas de integrantes do grupo islâmico foram mortos na ofensiva deste sábado. Os extremistas começaram a se retirar do centro de Mossul e sete vilarejos no noroeste da cidade foram retomados, conforme divulgou um site iraquiano de notícias.

Refém americana

Na Síria, ataques aéreos foram intensificados nos arredores de Kobane, cidade na fronteira com a Turquia e recentemente retomada pelos curdos, e de Raqqa, a capital de fato do "Estado Islâmico".

De acordo com os jihadistas, bombardeio lançado pelas forças aliadas em Raqqa teria matado, na sexta-feira, a americana Kayla Jean Mueller, refém do grupo islâmico. Os extremistas, no entanto, não apresentaram provas de que ela teria sido morta.

Neste sábado, os pais de Kayla, Carl e Marsha Mueller, declararam ter esperanças de que a filha esteja viva e mandaram um recado aos extremistas para que negociem a liberdade da jovem diretamente com eles. "Essa notícia nos deixa preocupados, claro, mas ainda temos esperança de que ela esteja viva", declararam por meio de uma carta. Kayla, 26 anos, fazia trabalho de ajuda humanitária na Síria e está em mãos do EI desde agosto de 2013. O grupo pediu resgate de 6,6 milhões de dólares pela vida da refém americana.

Kayla Jean Mueller
Pais de Kayla Jean Mueller (foto) afirmam ter esperanças de que a filha está viva e pedem a EI que negocie diretamente com elesFoto: The Daily Courier Handout

Reforço de caças

Os Emirados Árabes Unidos autorizaram neste sábado o envio de um esquadrão de caças F-16 para a Jordânia, a fim de apoiar nos ataques contra o EI. Segundo a agência oficial de notícias WAM, o envio foi ordenado pelo príncipe de Abu Dhabi Mohammed bin Zayed al-Nahyan, vice-chefe das forças armadas dos Emirados Árabes.

"A iniciativa reafirma a solidariedade inabalável e constante dos Emirados Árabes Unidos com a Jordânia e o seu papel de liderança e imensos sacrifícios para a segurança e a estabilidade da região, personificada pelo mártir e herói Muath al-Kasaesbeh (piloto jordaniano executado pelo grupo jihadista)", segundo a agência.

Corpos de yazidis encontrados em vala

Uma vala comum com os restos mortais de 23 homens da minoria religiosa yazidi foi descoberta no norte do Iraque, segundo divulgaram autoridades do país neste sábado. Eles teriam sido vítimas dos jihadistas do EI.

A vala comum foi descoberta na sexta-feira perto do vilarejo de Bardiyane, com base numa informação dada por um habitante local, conforme indicou uma autoridade curda. As vítimas foram mortas a tiros e algumas tinham as mãos atadas.

No domingo passado, combatentes curdos haviam descoberto restos dos corpos de 25 yazidis – homens, mulheres e crianças – no Monte Sinjar. Dezenas de outros corpos foram encontrados em outra vala comum no setor de Hardane, segundo autoridades curdas.

Segundo a Anistia Internacional, a comunidade yazidi vem sendo particularmente atingida pelos atos dos jihadistas. O EI, afirma a ONG, procedeu múltiplas execuções de homens desta minoria religiosa e raptou milhares de mulheres, que acabaram vendidas como esposas ou mesmo escravas sexuais dos terroristas.

MSB/dpa/lusa/rtr