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Alemão cria nova bebida com cerveja e caipirinha

Roselaine Wandscheer27 de janeiro de 2002

Barman de Munique patenteou novo coquetel e cervejaria do norte da Alemanha industrializou a caibierinha em garrafa.

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Nova bebida deve ser tomada gelada

Durante uma viagem de navio pelo rio Amazonas, em que trabalhou como barman, no ano de 1989, o alemão Ralph Denkinger inspirou-se no calor tropical e nas duas bebidas mais populares do Brasil. O barman de 38 anos, natural de Munique, acabou criando um coquetel próprio: a caibierinha, mistura de caipirinha com cerveja (bier, em alemão).

Na Alemanha, a bebida já tem consumidores fixos no bar do hotel em que Ralph trabalha na capital da Baviera e foi lançada com sucesso na famosa Oktoberfest de Munique. Trata-se de uma mistura entre a cerveja de alta fermentação (Weissbier) tradicional do sul da Alemanha, açúcar branco de cana importado (na Alemanha, o açúcar é de um tipo de beterraba) e limão taiti do Brasil.

Depois do enorme sucesso no Hippodrom (a tenda point da Oktoberfest alemã), Ralph resolveu registrar o nome da bebida em 1998. O êxito é justificado pela popularidade da cerveja na Alemanha e pelo consumo cada vez maior de caipirinha no país, líder isolada na preferência dos alemães. A bebida já não falta em qualquer tipo de festa.

"Esta liderança deve conservar-se por muito tempo", prevê o inventor da caibierinha, "pois nem tão cedo será criada outra bebida que reúne as peculiaridades da caipirinha: doce, ácida e ao mesmo tempo com sabor de fruta".

Caipi é sucesso absoluto

– No verão europeu do ano passado, a caipi, como é chamada na Alemanha, dominou 33% do mercado de coquetéis. A diferença é que na Europa ela não é feita no tradicional pilão de madeira e ao final recebe gelo picado. Muitas vezes, o limão natural é substituído também por suco de limão engarrafado.

A idéia de Ralph Denkinger foi industrializada no ano passado pela cervejaria Einbecker, do norte da Alemanha. À cerveja, foram acrescentados adoçante, sabor de limão e de cachaça. O produto, que deve ser bebido gelado, espera ventos melhores no próximo verão europeu. Ralph acredita que a pouca aceitação do novo produto em 2001 se deva à grande oferta no mercado alemão de cervejas.