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Alemanha volta ao Conselho de Segurança

8 de junho de 2018

Como membros não permanentes, Alemanha e Bélgica representam Europa Ocidental pela sexta vez no principal órgão decisório das Nações Unidas.

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Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, cumprimenta o secretário-geral da ONU, Antonio GuterresFoto: picture alliance/dpa/K. Nietfeld

A Alemanha voltou a ocupar um assento no Conselho de Segurança da ONU. Em votação realizada nesta sexta-feira (08/06), Alemanha e Bélgica receberam os votos suficientes para servirem no biênio de 2019-2020. Ambos entraram na disputa sem concorrência, depois que Israel abandonou a corrida no mês passado.

O Conselho de Segurança da ONU tem cinco membros permanentes – Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França – e dez membros eleitos pela Assembleia Geral de 193 membros para mandatos de dois anos. Todos os anos, cinco países são eleitos por voto secreto. Os outros três selecionados nesta sexta-feira foram África do Sul, República Dominicana e Indonésia.

A conquista de um assento no Conselho de Segurança é uma das mais importantes na política internacional para muitos países, porque lhes dá mais voz em assuntos que lidam com a paz mundial e segurança.

Os candidatos a assentos temporários são selecionados por grupos regionais, e a única corrida disputada neste ano era para o assento da Ásia-Pacífico. As Ilhas Maldivas, um pequeno país insular que nunca esteve no órgão mais poderoso da ONU, disputou um assento com a Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, que já serviu três vezes. 

Bélgica e Alemanha, que já serviram cinco vezes cada, África do Sul, que esteve no Conselho por duas vezes, República Dominicana, estreante, e a Indonésia começarão seus mandatos do biênio 2019-2020 em 1º de janeiro.

Apesar de Alemanha e Bélgica não terem tido concorrentes, elas ainda precisavam obter, cada uma, dois terços dos votos da Assembleia Geral para serem eleitas – ou seja, um mínimo de 128 votos favoráveis se todos os 193 países-membros estiveram presentes.

Israel enfrentou uma disputa acirrada num embate triplo com a Alemanha e a Bélgica, mas desistiu no mês passado. O governo israelense afirmou que "decidiu adiar sua candidatura a um assento no Conselho de Segurança", sem dar detalhes ou motivos. Diplomatas, porém, dizem que o país tinha poucas chances de vencer as nações europeias, dada a inimizade que mantém com os países árabes e sua difícil relação com a própria ONU, a qual acusa de ser parcial.

Israel não era membro de nenhum grupo regional até que o ex-embaixador americano Richard Holbrooke conseguir fazer com que o grupo Europa Ocidental e Outros convidasse Israel em 2000 a ser membro temporário, que depois foi estendido indefinidamente.

Esta é a sexta vez que a Alemanha integra o órgão das Nações Unidas. A última participação foi em 2011-2012. A nação europeia é a segunda maior doadora da ONU.

Brasil planeja volta para 2022

O Brasil, por sua vez, que foi membro rotativo do Conselho pela última vez em 2010-2011, anunciou em março que antecipou seus planos de retornar ao órgão e vai se candidatar a um assento para o biênio 2022-2023, na vaga destinada aos países da América Latina e do Caribe.

Segundo informou o Ministério das Relações Exteriores em março de 2017, a decisão é resultado de um acordo alcançado com o governo de Honduras, que iria se candidatar para o biênio 2022-2023, mas cedeu seu lugar ao Brasil. Caso contrário, o país só voltaria ao órgão da ONU em 2033.

Os atuais membros rotativos do Conselho de Segurança da ONU são Bolívia, Cazaquistão, Etiópia, Itália (que dividiu com a Holanda) e Suécia, até fim de 2018, e Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Kuwait, Peru e Polônia, até fim de 2019.

PV/dw/dpa/ap

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