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Alemanha vai assumir comando antiterror na África

(ef)30 de abril de 2002

A Marinha alemã vai assumir, a pedido dos EUA, o comando da frota internacional da ação antiterror no Chifre da África, iniciada depois dos atentados em Nova York e Washington, que causaram quase três mil mortes.

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Está estacionada no Quênia uma esquadrilha de reconhecimento da Marinha alemãFoto: AP

A decisão foi tomada pelo ministro da Defesa da Alemanha, Rudolf Scharping, depois de suas conversações em Washington, anunciou o Ministério da Defesa em Berlim, nesta terça-feira (30). Os alemães ficarão até o fim de outubro com o comando da frota de 80 navios de guerra de 16 países, a chamada "Task Force 150".

A missão é garantir a segurança da navegação na região, interromper o abastecimento e impedir a fuga de terroristas da organização Al Qaeda de Osama Bin Laden. A Alemanha coopera com nove embarcações e 1.400 soldados.

Foi o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, que pediu para a Marinha alemã assumir o comando da frota na ação multinacional antiterror. Esta foi lançada depois de 11 de setembro como parte da operação "Liberdade Duradoura" e, desde o início, sempre comandada pelos americanos.

O ministro Scharping decidiu aceitar o comando depois de consultar os demais países que participam da operação e após as suas conversações no Pentágono e no comando central das Forças Armadas americanas na Flórida. Scharping retornou dois dias atrás de sua visita aos Estados Unidos.

Frota alemã

– As oito embarcações e os 1.400 soldados estacionados na costa da Somália constituem a maior contribuição da Alemanha à luta contra o terrorismo internacional. São três fragatas, cinco lanchas rápidas, dois navios de provisão, um navio-tanque e outro de abastecimento. A Marinha alemã tem ainda três aviões que fazem vôos de reconhecimento a partir de Mombasa, no Quênia. Os custos são estimados inoficialmente em quase cinco milhões de euros por mês.

As lanchas e o seu provedor com uma tripulação de 300 soldados vão deixar o Chifre da África em meados de maio e retornar para o seu porto em Warnemünde, pois não são mais necessários para a operação. Uma das três fragatas também deixará a África. Permanecerá lá, entre outras, uma fragata equipada de forma a abrigar o comando flutuante da frota.

Orgulho militar

– Os oficiais da Marinha alemã, estacionados na antiga colônia francesa Djubiti, receberam com orgulho a decisão do governo alemão de aceitar o comando da frota internacional. "Não se recebe uma tarefa dessa quando se faz um trabalho ruim", regozijou o capitão Franz Bründel, acrescentando que os Estados Unidos estão muito satisfeitos com as atividades do contingente alemão.

"Mas nem todos os alemães estão tremendamente alegres", disse o capitão, "pois alguns temem que a ação demore mais tempo do que se imagina."