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Alemanha: 20% dos que se juntaram ao EI têm origem turca

17 de agosto de 2016

Relatório do governo vazado à imprensa indica que parte dos radicais muçulmanos que deixaram a Alemanha para se juntar ao "Estado Islâmico" na Síria e no Iraque teria ascendência turca.

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"Cerca de um quarto dos 760 que partiram para a Síria ou Iraque, tem cidadania turca ou 'raízes turcas'", diz relatório
"Cerca de um quarto dos 760 que partiram para a Síria ou Iraque, tem cidadania turca ou 'raízes turcas'", diz relatórioFoto: picture-alliance/dpa/S. Suna

Cerca de um quarto dos radicais muçulmanos que deixaram a Alemanha em 2015 em direção a regiões controladas pelo "Estado Islâmico" no Iraque e na Síria tem ascendência turca, afirma um relatório do governo alemão ao qual agências de notícias tiveram acessonesta quarta-feira (17/08).

"De acordo com o levantamento realizado pelas agências de segurança, cerca de um quarto dos 760 islamistas alemães, que partiram da Alemanha para Síria ou Iraque, possuem cidadania turca ou têm 'raízes turcas'", afirma o relatório do Ministério do Interior, preparado em resposta a um pedido de parlamentares do partido A Esquerda.

O total seria de cerca de 190 radicais, segundo os dados, divulgados nesta quarta-feira (17/08) também pelo jornal alemão Die Zeit.

Em 2016, a quantidade de islamistas que viajaram da Alemanha para o território do EI aumentou significativamente. Segundo o Departamento Federal de Proteção à Constituição (BfV), até meados de maio, ao menos 820 islamistas haviam deixado o país rumo à Siria e ao Iraque. Até o final de junho, um terço desses 820 já teria retornado à Alemanha, e 140 morreram em território do EI.

Uma parte confidencial do relatório, cujo conteúdo não deveria ter sido tornado público, acabou gerando controvérsias. Nela, consta que o governo federal considera a Turquia uma "plataforma central de ação" para organizações islamistas e terroristas no Oriente Médio.

Há temores de que o vazamento do conteúdo do relatório possa prejudicar ainda mais as relações diplomáticas entre a Alemanha e a Turquia

RC/afp/ots