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Alemanha troca chefe do serviço de inteligência

27 de abril de 2016

BND é alvo de críticas por ter espionado comunicações de países aliados a pedido da NSA. Novo chefe é próximo do ministro das Finanças e assume o cargo em julho.

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O ainda presidente do serviço de inteligência da Alemanha (BND), Gerhard Schindler
O ainda presidente do serviço de inteligência da Alemanha (BND), Gerhard SchindlerFoto: picture-alliance/dpa/J. Carstensen

Após especulações na imprensa sobre uma mudança na chefia do Departamento Federal de Investigações da Alemanha (BND, na sigla em alemão), o governo alemão confirmou nesta quarta-feira (27/04) que o presidente do órgão, Gerhard Schindler, deixará o cargo em 1º de julho.

Schindler, de 63 anos, presidiu o BND por quatro anos e teria mais dois para cumprir. Ele será substituído pelo assessor jurídico Bruno Kahl, que é chefe de departamento no Ministério alemão das Finanças. Kahl, de 53 anos, é ligado ao ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble. A principal missão do novo chefe é estabilizar o BND depois dos escândalos dos últimos anos.

O chefe de gabinete da chanceler federal Angela Merkel, Peter Altmaier, não deu maiores explicações sobre a saída de Schindler, afirmando apenas que ela está relacionada aos "grandes desafios dos próximos anos". Eles incluem "mudanças no papel do BND" em conexão com o desenvolvimento da política de segurança, "consequências organizacionais e legais decorrentes da comissão de investigação do caso NSA" e a pendente transferência de muitos funcionários dos escritórios do BND da Baviera para Berlim.

Bruno Kahl, chefe de departamento do Ministério das Finanças, assume o BND em 1º de julho
Bruno Kahl, chefe de departamento no Ministério das Finanças, assume o comando do BND em 1º de julhoFoto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler

O BND é alvo de críticas por ter espionado comunicações de países aliados até o fim de 2013. Essa operação foi realizada sob a orientação da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), que recebia as informações filtradas pelo BND.

Além disso, um funcionário do BND vendeu documentos confidenciais aos Estados Unidos e à Rússia. Ele foi condenado a oito anos de prisão em março.

PV/rtr/dpa/afp/dw