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Alemanha tem pior início em Jogos desde a Reunificação

9 de agosto de 2016

Depois de quatro dias de disputas, esportistas alemães não sobem ao pódio e geram descontentamento no Comitê Olímpico Alemão. Primeira medalha vem no hipismo.

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Delegação alemã entra no estádio do Maracanã durante cerimônia de abertura dos Jogos de 2016
O mesatenistaTimo Boll, porta-bandeira da Alemanha e esperança de medalhas, foi eliminado no individual nas oitavasFoto: Reuters/S. Nenov

Os Jogos Olímpicos de 2016 estão se transformando num pesadelo para a delegação alemã. Passados os primeiros quatro dias de disputas – excluindo as partidas de futebol –, a Alemanha conquistou apenas uma medalha no Rio de Janeiro. Este é o pior início do esporte alemão desde a Reunificação. A meta de 44 medalhas (mesmo número de conquistas em Londres 2012), que havia sido anunciada antes dos Jogos, já parece uma perspectiva distante.

"O começo não está sendo como esperávamos. Dizer o contrário seria tapar o sol com a peneira. Fica a esperança para os próximos. Quero pedir a todos que tenham um pouco de paciência. No esporte, as coisas podem, às vezes, mudar rapidamente", disse o presidente do Comitê Olímpico Alemão (Dosb, na sigla em alemão), Alfons Hörmann.

"Mas confirma o que eu disse antes dos Jogos: será bastante duro. Sou mais conservador nas previsões eufóricas e otimistas de alguns colegas. Para efeitos de uma análise autocrítica, precisamos admitir que no esporte mundial rege um nível de competitividade que já não podemos acompanhar em numerosas associações [esportivas alemãs]", afirmou Hörmann.

"Acredito que o resultado no Rio de Janeiro nos mostrará novamente que chegou a hora de enfrentar as coisas, em vez de somente falar sobre elas", disse o presidente do Dosb. "Precisamos fazer mudanças", prosseguiu, sem especificar quais seriam estas medidas.

Michael Jung Rio 2016 Reiten Vielseitigkeit
Prata para a Alemanha: Michael Jung lidera equipe alemã na prova de salto do Concurso Completo de Equitação (CCE)Foto: picture-alliance/dpa/F. Gentsch

Após quatro dias de disputas (antes da Cerimônia de Abertura dos Jogos já tinham sido disputados as provas de tiro com arco), a Alemanha se encontra no quadro de medalhas atrás de países como Taipé Chinesa, Vietnã e o Kosovo. A única medalha, até então, foi no concurso completo de equitação (CCE), onde a equipe formada por Julia Krajewski, Sandra Auffahrt, Ingrid Klimke e Michael Jung conquistou a prata.

"Aqui se trata de realizar sonhos, que necessariamente não precisam ser de ouro, prata ou bronze", amenizou Hörmann. "Vamos levar em consideração não somente as medalhas, mas também as colocações de primeiro até décimo. Devemos ter cuidado de sempre ver o quadro de medalhas como a representação única de sucesso."

Historicamente, a Alemanha (somando as conquistas das Alemanhas Ocidental, Oriental e Unificada) possui 1.222 medalhas em Jogos Olímpicos – ficando atrás somente de Estados Unidos e da soma de medalhas de União Soviética e Rússia. Para efeito de comparação: o Brasil conquistou 110 medalhas olímpicas na história – uma a mais que somente o atletismo da Alemanha Oriental (109).

Apesar de decepções na natação – Paul Biedermann, recordista mundial dos 400 metros livres, ficou em sexto nos 200 metros livres – e nos saltos ornamentais – a dupla Patrick Hausding e Sascha Klein terminou em quarto na plataforma de 10m –, os destaques alemães estão no remo, no hipismo, em algumas provas do atletismo e em modalidades por equipe, como hóquei sobre grama e handebol masculino.

Também por isso, o chefe da delegação alemã no Rio, Michael Vesper, pediu calma. "O início, naturalmente, não é satisfatório, mas sabíamos que iríamos ter poucas chances concretas nos primeiros dias. Portanto, não podemos perder a calma. Ainda temos 13 dias de competição. Em todos os dias o sol nasce novamente."

PV/dpa/sid/ots