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Alemanha quer mandar até mil soldados para Afeganistão

Estelina farias11 de dezembro de 2001

Enquanto combatentes da Al Qaeda de Osama Bin Laden se rendiam em Bora Tora, a Alemanha iniciava formação de um contingente de 600 a 1.000 soldados para a planejada missão de paz da ONU no Afeganistão.

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Secretário de Estado americano, Colin Powell, e o chefe de governo alemão, Gerhard Schröder (d), durante entrevista coletiva em BerlimFoto: AP

O Parlamento da Alemanha (Bundestag) deverá ser convocado extraordinariamente, na próxima semana, para decidir sobre o destacamento de 600 a 1.000 soldados para uma tropa de paz das Nações Unidas no Afeganistão. O governo em Berlim espera o mandato da ONU ainda esta semana, após o que marcará uma sessão especial do Bundestag, que entrará em recesso de Natal na próxima sexta-feira.

O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, e o chanceler federal alemão, Gerhard Schröder, conversaram em Berlim, nesta segunda-feira, sobre um contingente alemão para a missão de paz. Numa decisão polêmica em que os pacifistas do governo ameaçaram acabar com a coalizão entre os partidos social-democrata (SPD) e Verde, o Parlamento alemão já aprovou o destacamento de 3.9000 soldados para prestar apoio aos Estados Unidos na guerra contra o terrorismo no Afeganistão.

De Berlim, o chefe da diplomacia norte-americana seguiu para Paris, a fim discutir com o presidente Jacques Chirac a formação da tropa da ONU. O governo francês está examinando as condições para uma participação na planejada tropa multinacional, que deverá ser comandada pela Grã-Bretanha. Este foi o único aliado que participou diretamente dos bombardeios dos Estados Unidos contra o regime talibã já destituído e a organização do terrorista Osama Bin Laden, Al Qaeda, em represália aos atentados de 11 de setembro.

De Paris, Powell prosseguirá para Londres, onde conversará com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, sobre guerra e paz no Afeganistão. Na capital francesa, ele elogiou a disposição da Grã-Bretanha de comandar a tropa internacional. "Agora é urgentemente necessária uma resolução da ONU", disse ele, pois só depois pode ser decidido quem vai assumir o comando.

No dia 22, assumirá o poder em Cabul o gabinete de transição criado no acordo histórico assinado pelas quatro delegações afegãs que participaram da conferência em Bonn, encerrada há quase duas semanas. Por ocasião da posse do governo interino, uma vanguarda da ONU já deverá estar na capital afegã.