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Otimismo ao máximo

23 de agosto de 2010

Câmara de Indústria e Comércio prevê que, este ano, o número de desempregados na Alemanha fique em 3,2 milhões. Este seria o menor índice de desemprego desde 1992.

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Redução do desemprego graças a desenvolvimento conjuntural no paísFoto: AP

Otimismo ao máximo: a mais recente previsão conjuntural da Câmara de Indústria e Comércio da Alemanha (DIHK) mostra clara retração da taxa de desemprego no país. Neste ano devem ser registrados 3,2 milhões de desempregados – 250 mil a menos do que no ano anterior, e a menor cifra registrada desde 1992.

Hans Heinrich Driftmann
Hans Heinrich Driftmann: confiança das empresas alemãsFoto: AP

"E isto, um ano após a pior crise financeira desde 1929", disse Hans Heinrich Driftmann, presidente da DIHK, em entrevista ao jornal Berliner Zeitung, nesta segunda-feira (23/08). O bom desenvolvimento conjuntural do país, aliado a um aumento generalizado da competitividade, pode ser um dos responsáveis pelo crescimento do número de trabalhadores em atividade no país, conjecturou.

No segundo semestre deste ano podem ser criadas até 100 mil vagas de trabalho. "Isto demonstra a grande confiança das empresas de que futuramente poderão utilizar sua capacidade ao máximo", analisa o estudo do DIHK.

O médio empresariado conta como principal motor para esse crescimento, sendo o setor de prestação de serviços o mais disposto a contratar novo pessoal. A indústria pelo menos suspendeu os cortes de pessoal, com a maioria das empresas já havendo completado o necessário saneamento de seus quadros.

Sindicatos confiantes

Porém não se deve arriscar as atuais chances de impulso econômico fechando acordos salariais excessivos, acrescentou o presidente da DIHK, referindo-se às exigências dos sindicatos pelo fim das renúncias salariais. Na última semana, o sindicato dos metalúrgicos IG Metall reivindicara que se antecipasse o aumento das tarifas salariais.

Frank Bsirske, presidente da união dos sindicatos do setor de serviços Ver.di, instou os empregadores a que deixem de considerar os salários como um mero fator de custo. "Eles precisam ser mantidos em vista como elemento chave para incentivar a demanda no mercado", lembrou.

Autor: Sabine Faber (la)
Revisão: Augusto Valente