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Biodiversidade

Agências (rw)28 de maio de 2008

Angela Merkel anunciou na Conferência sobre Diversidade Biológica em Bonn que até 2012 Berlim quer investir meio bilhão de euros na proteção de florestas e espécies ameaçadas. Depois disso, serão 500 milhões ao ano.

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Merkel, em Bonn, ao lado de Gabriel e do premiê canadense Harper. À sua esq., BarrosoFoto: picture-alliance/ dpa

O governo alemão vem investindo anualmente em torno de 210 milhões de euros na preservação da biodiversidade. A chanceler federal Angela Merkel assegurou que, além deles, entre 2009 e 2012 Berlim pretende investir mais 125 milhões de euros.

Parte do dinheiro será destinada à iniciativa Rede da Vida (Life Web). Ela prevê que países em desenvolvimento façam sugestões de áreas a serem protegidas. O financiamento fica a cargo das nações industrializadas.

Merkel advertiu que "a preservação da diversidade biológica e o combate à pobreza no planeta são dois lados da mesma moeda". A humanidade está destruindo em apenas algumas décadas o que a natureza levou milhões de anos para criar, salientou.

A partir de 2013, serão destinados 500 milhões de euros por ano para a preservação das espécies no mundo. O dinheiro virá do comércio de licenças das emissões de CO2.

Elogios não só de ambientalistas

A promessa feita por Merkel nesta quarta-feira (28/05) no âmbito da COP9 da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica foi vista como "um forte sinal" pelo porta-voz da organização ambientalista WWF, Jörg Roos. Para ele, resta torcer para que outros países sigam o exemplo.

Segundo os cálculos da WWF, a comunidade internacional investe atualmente entre 3,8 e 6,3 bilhões de euros em áreas protegidas. Para uma proteção eficiente seriam necessários, no entanto, entre 20 e 30 bilhões de euros.

A Greenpeace também saudou o anúncio de Merkel. É importante que ela defenda o engajamento de outros países também em nível internacional, disse Martin Kaiser, coordenador da delegação da Greenpeace na conferência.

Ressarcimento de recursos naturais

O ministro alemão do Meio Ambiente, Sigmar Gabriel, comunicou uma reviravolta importante na controversa questão do ressarcimento aos países pobres pelo uso de seus recursos naturais para a fabricação de medicamentos.

Após 16 anos de negociações, Gabriel anunciou um "mandato específico", a ser concluído na próxima conferência, em 2010 no Japão.

Organizações ambientalistas e representantes de países em desenvolvimento criticaram que não se tenha chegado a um acordo definitivo já nesta conferência em Bonn. "A biopirataria continuará sendo possível nos próximos dois anos", reclamou Kaiser.

Barroso apóia biocombustíveis

Ignorando as críticas dos ambientalistas, o presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, voltou a apoiar os biocombustíveis, mas acrescentou que devem ser produzidos de forma sustentável. "Os biocombustíveis não devem ser parte do problema, mas podem e devem fazer parte da solução", ressaltou.

A presença de Merkel e de Barroso em Bonn nesta quarta-feira marcou o início da fase decisiva da conferência, que termina na sexta-feira.