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Alemães em Meca

Sarah Mersch (rr)23 de dezembro de 2007

Muçulmanos alemães cumprem a peregrinação à cidade sagrada de Meca, um dos pilares do Islamismo.

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Viagem não é turismo, alerta guiaFoto: AP

Um dos cinco pilares do Islamismo, a peregrinação a Meca – conhecida como hadj ou hajj – é um dever de todo muçulmano. Pelo menos uma vez na vida, os adeptos da religião devem visitar a cidade sagrada, desde que tenha condições físicas e financeiras para tal.

Nadir Moubarrid é alemão, mas seus pais vêm do Marrocos. Embora já tenha ido seis vezes à Meca, toda vez ele se conscientiza de que a viagem não é como tirar férias. "Não se trata de um pacote turístico, mas sim da viagem da vida", explica. Há cinco anos, o estudante de Bonn acompanha grupos de muçulmanos na peregrinação.

Para evitar que muitos adeptos visitem a cidade de uma só vez, o governo da Arábia Saudita determina contingentes. Afinal, vários milhões de fiéis se dirigem a Meca com a ajuda de agências turísticas especiais, que organizam vôo, transporte local, visto e moradia. Para ir da Alemanha à Meca, um peregrino deve desembolsar cerca de 2500 euros.

Preparação é importante

Os tempos passaram em que peregrinos tinham de partir com semanas de antecedência e seguir por trilhas de difícil acesso em caravanas. No entanto, cada peregrino deve se preparar mentalmente para o que o espera em Meca.

Segundo Nadir, por mais que a viagem de avião leve apenas algumas horas, muitas pessoas não se preparam suficientemente para os rituais e as próprias expectativas com relação a eles. "Freqüentemente acompanhei pessoas que mentalmente ainda se encontravam na Alemanha, mesmo depois de desembarcar em Medina ou Medina", lamenta.

Ao chegar em seu destino, os fiéis devem antes de mais nada trocar suas roupas pelo ihram, uma veste branca e simples de linho, não importando de onde venham ou a que camada social pertençam. Os participantes devem esquecer do dia-a-dia e se concentrar nos ritos religiosos.

"A melhor maneira de se preparar é se conscientizar de que a peregrinação representa uma oportunidade de recomeçar através do encontro com o criador", opina Nadir. Para ele, a viagem é antes de mais nada uma maneira de reabastecer as energias para o dia-a-dia.