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Alemães recuperam-se em clínica de Munique

Roselaine Wandscheer27 de outubro de 2002

Os dois alemães salvos na operação policial russa no sábado (26) estão em observação num hospital da capital bávara. O homem, de 50 anos, e a garota, de 18, terão acompanhamento psicológico após a alta.

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Alguns reféns já deixaram os hospitaisFoto: AP

Enquanto muitos reféns salvos dos terroristas no teatro em Moscou continuam internadas em estado grave nos hospitais da capital russa, aumentam as dúvidas sobre o gás usado para deixar os terroristas fora de combate.

A grande maioria das 117 vítimas fatais entre os reféns morreu intoxicada pelo gás, do qual as autoridades russas apenas admitem tratar-se de um anestésico. Também a política de informação de Moscou está sendo criticada, inclusive pelo exterior.

Alívio e ao mesmo tempo ceticismo

Já o chanceler federal alemão demonstrou alívio com o final do seqüestro na capital russa, que havia iniciado na quarta-feira (23). Ao mesmo tempo, Gerhard Schröder ressaltou que nenhum ato de terrorismo tem justificativa, referindo-se ao argumento dos terroristas, que exigiam a saída das tropas russas da Chechênia.

Para Joschka Fischer, ministro alemão do Exterior, "é mais urgente que nunca encontrar uma solução política para o conflito entre Moscou e Grozny". Da mesma forma manifestou-se o primeiro-ministro francês, Jean-Pierre Raffarin.

Já o governo da Dinamarca, atualmente na presidência rotativa da União Européia, destacou o temor de que a guerra na Chechênia se torne ainda mais violenta.

Já na sexta-feira (25), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, havia deixado claro que não negociaria com os cerca de 50 rebeldes fortemente armados que ameaçavam explodir o teatro Dubrovka, onde estava em cartaz o musical Norte-Leste. Cerca de 750 pessoas, entre artistas e espectadores, haviam sido tomados reféns na noite de quarta-feira.

Líder rebelde foi morto

Geiseldrama in Moskau Movsar Barayew
Movsar BaraievFoto: AP

Vários reféns haviam sido soltos nos últimos dois dias, muitos dos quais crianças. O ultimato dado pelos terroristas para começarem a matar reféns expirou na madrugada deste sábado. Durante a madrugada, tropas especiais da polícia iniciaram a invasão, injetando gás nas dependências do teatro.

A operação de salvamento durou mais de uma hora. Cinqüenta rebeldes foram mortos, entre os quais seu líder, Movsar Barajev, anunciou o chefe do serviço russo de informações, Nikolai Patruschev.

Segundo o Ministério russo do Interior, foram mortas as 18 seqüestradoras, que traziam explosivos amarrados em seu corpo, e três rebeldes foram presos. O Ministério russo da Saúde informou na tarde deste domingo (27) que 117 reféns morreram, vários continuam hospitalizados, alguns em estado grave. Também reféns estrangeiros morreram na operação.